Café encerra com valorização, ainda monitorando estoques e colheita no Brasil
O mercado futuro do café arábica teve mais um dia de suporte na queda dos estoques certificados na ICE e encerrou mais um pregão com valorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Setembro/22 teve alta de 185 pontos, negociado por 230,10 cents/lbp, dezembro/22 teve valorização de 170 pontos, cotado por 227,05 cents/lbp, março/23 teve alta de 160 pontos, valendo 224,15 cents/lbp e maio/23 registrou valorização de 150 pontos, cotado por 222,40 cents/lbp.
O café ainda tem suporte na redução dos estoques certificados. A ICE atingiu o menor índice dos últimos 22 anos, ficando abaixo de um milhão de sacas com 925.536 mil. Mais do que um indicativo de demanda aquecida, o mercado continua reagindo à preocupação com a oferta mais restrita do Brasil que avança a passos lentos com a colheita da produção de 2022.
Os estoques voltaram a registrar baixas neste pregão, confirmando a tendência apontada pelo analista Haroldo Bonfá. Com os preços nas bases atuais em Nova York, se espera que os estoques continuem caindo na ICE.
A análise do site internacional Barchart, acrescentou ainda a preocupação com a produção cafeeira na Colômbia. "Outro fator de apoio ao café arábica é a preocupação de que um potencial ciclone possa atingir a Colômbia, o segundo maior produtor mundial de grãos arábica. O Centro de Furacões dos EUA disse na quinta-feira que o ciclone pode se fortalecer na tempestade tropical Bonnie ainda na quinta-feira e passar sobre a Colômbia", afirma.
Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon teve um dia de desvalorização. Setembro/22 teve queda de US$ 16 por tonelada, valendo US$ 2033, novembro/22 registrou queda de US$ 13 por tonelada, cotado por US$ 2031, janeiro/23 teve desvalorização de US$ 9 por tonelada, negociado por US$ 2023 e março/23 teve baixa de US$ 7 por tonelada, cotado por US$ 2017.
"O café conilon continua sob pressão por sinais de oferta abundante depois que o Departamento Geral de Alfândegas do Vietnã informou na terça-feira que as exportações de café de junho do Vietnã aumentaram +13, para 145.000 MT, e as exportações de café de janeiro a junho aumentaram", complementa a análise internacional.
No Brasil, o mercado físico acompanhou a valorização nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 0,72% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.390,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 0,75%, valendo R$ 1.350,00, Patrocínio/MG teve alta de 0,73%, cotado por R$ 1.385,00, Varginha/MG teve alta de 2,16%, cotado por R$ 1.420,00, Campos Gerais/MG registrou alta de 1,06%, valendo R$ 1.435,00 e Franca/SP teve alta de 1,43%, cotado por R$ 1.420,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 0,69% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.465,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 0,69%, valendo R$ 1.460,00, Patrocínio/MG teve alta de 0,71%, cotado por R$ 1.420,00, Varginha/MG teve valorização de 2,07%, valendo R$ 1.480,00 e Campos Gerais/MG teve alta de 1,01%, cotado por R$ 1.495,00.
0 comentário
Preços do café estendem alta de 3 semanas e fecham sessão desta 6ª feira (22) com ganhos de mais 4% na bolsa de Londres
Café: Mesmo nas máximas em 13 anos, preços não afastam compradores e mercado ainda é bastante resiliente
Safra de café da Colômbia 24/25 projetada em 12,9 mi sacas, diz USDA
Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas decide os vencedores de 2024
Café no varejo: vendas aumentaram 1,1% de janeiro a setembro em comparação com o mesmo período de 2023
Preços do café seguem em volatilidade e apresentam altas no início da tarde desta 6ª feira (22)