Aprosoja Brasil: Projeto no Senado torna ilegal produção de bioinsumos
O texto atual apresentado pelo relator do projeto de lei 3668/2021 do Senado Federal tem dispositivos que impedirão os agricultores brasileiros, inclusive de orgânicos, de produzirem seus próprios bioinsumos para o controle biológico de doenças no campo.
O projeto, que regulamenta o uso, a produção e a comercialização desses insumos, está prestes a ser aprovado em caráter terminativo na Comissão de Meio Ambiente do Senado Federal. Mas o texto proíbe a produção em propriedade (on farm) de bioinsumos. Produtores são contra a proposta.
Para os agricultores, a medida favorece apenas a indústria, pois vai dificultar a redução do uso de pesticidas químicos nas lavouras, criando uma reserva de mercado para estes produtos.
Além disso, a proposta em discussão no Senado não contribui para diminuir os elevados custos para produção de alimentos, já que grande parte dos insumos utilizados atualmente são importados e comprados em dólar.
Ao contrário do projeto de lei sobre o mesmo tema que tramita na Câmara dos Deputados (PL 658/2021), o texto do Senado não tem alinhamento com os produtores de orgânicos e agricultores em geral, nem com o Ministério da Agricultura.
Agro quer menos químicos
A redução no uso de pesticidas pode chegar, em média, a 40% nas culturas que mais utilizam esses produtos. De acordo com dados do setor obtidos pela Aprosoja Brasil, a participação dos insumos biológicos nas fazendas passou de 30% para 35% entre 2020 e 2021, em razão do aumento dos preços para importação dos químicos devido à pandemia de Covid 19 e à guerra no leste europeu.
Atualmente, os fungicidas químicos são usados em 90% a 95% das áreas de soja do país. Mas as projeções apontam que 40% a 45% dos sojicultores passarão a usar biofungicidas até 2030.
No caso da cultura da cana, os bioinseticidas estão em 50% a 60% das áreas cultivadas. Para 2030, a projeção é de 100% no uso de bioinseticida.
Já na cultura do algodão, o uso de insumos biológicos para o controle de nematoides (vermes de solo) vai passar dos atuais 60% para 70% em 2030.
Na avaliação dos produtores, a produção on farm de bioinsumos reduz o volume de produtos químicos que são importados e estimula a geração de emprego e renda dentro dos municípios com a produção destes insumos localmente. Além do que os bioinsumos não necessitam dos mesmo cuidados e equipamentos de segurança utilizados para os pesticidas químicos.
4 comentários
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Jonathan Pereira Pelotas - RS
O projeto de lei não fala nada disso, sugiro que todos lêm a PL 3668/2021 e a PL 658/2021 e tirem suas próprias conclusões.
Bem sensacionalista essa notícia que foi divulgada pela Aprosoja. Na verdade os dois permitem a produção de bioinsumos on farm para uso na própria fazenda, sendo que o segundo projeto permite que o produtor produza na fazenda e venda o produto se quiser.
Agora ficamos conhecendo a Aprosoja graças aos PL--- Vivendo e aprendendo
Sr. Meloni, para quem conhece bem os meandros, o submundo do funcionalismo público sabe que a Aprosoja tem razão. A porcaria de projeto é do Jacques Wagner, e eu pergunto o que esse entende de bioinsumos? Todo funcionário público, incluindo aí a maioria dos políticos tem solução para todo e qualquer problema, menos para o deles mesmo, tendo que viver de roubar o pão da mesa do pobre e cheios de orgulho disso. O projeto é um lixo sim, eu li essa porcaria e sou obrigado a defender a Aprosoja, eles tem razão, essa merda vai inviabilizar muitos produtores sim. Aliás, no Brasil tudo o que o estado sabe fazer é inviabilizar a vida dos mais fracos.
No Brasil dos comunistas petistas a coisa funciona assim, criam mil e uma leis, regulamentos, regras, para que somente os grandões subsidiados com o leite que roubam da mesa do pobre, possam sobreviver.
Obrigado Rodrigo
Com relação ao projeto do Sr. Jacques Wagner , inocente quem acreditar que é sensacionalista a reportagem ou información da APROSOJA , vindo deste político é sua agremiação política, vocês imaginam qual objetivo deste canalha. Me desculpa quem acha que tem algo de bom para o Agricultor . Dá licença....
Jones E. Schmitz Toledo (Paraná)
A produção on farm sem acompanhamento técnico adequado é uma maravilha... até que uma cepa de ferrugem ou outra praga se adapte às condições do panelão e faça um arregaço...
Mas isso não pode barrar um agricultor/cidadão de produzir seus insumos, pois, assim, não teríamos sementes caseiras e etc. O Senado deve liberar com regulamentações, para isso que existe engenheiros, biotécnicos e etc. O QUE NÃO PODE É CERCEAR O DESENVOLVIMENTO.
Conheci Egon gerente geral da WEG num curso em 1971 em São Paulo--- A firma não era nada hoje é uma multinacional com 30 mil funcionários-- Ele cresceu graças a sua filosofia de verticalização- Isto tudo o que se pode fazer em casa para evitar compras- PORTANTO TUDO QUE O PRODUTOR PODE FAZER, DEVE FAZER ASSIM COMO SEMENTES, MISTURAS DE ADUBOS ETC
QUANTAS EMPRESAS COMEÇARAM EM UMA GARAGEM?
CITO ALGUMAS: MICROSOFT, AMAZON, TESLA E ETC.
AGORA, CERCEAR À LIBERDADE DE DESENVOLVIMENTO E EVOLUÇÃO DOS EMPRESÁRIOS, ISSO É POLÍTICA DE REGIMES COMUNISTAS/SOCIALISTAS!
Vinicius, concordo plenamente! Você leu o projeto? Em especial o artigo nono: "Art. 9º Fica autorizada a produção de bioinsumos em estabelecimento rural para uso próprio.", mas ainda assim, deve ter acompanhamento técnico por que insumos biotecnológicos, embora tenhamos casos conhecidos desde a antiguidade, podem sofrer mutações.
Carlos, venha para Toledo conhecer as empresas incubadas no Biopark! Você vai curtir.
Eu entendo, Jones. Porém, aqui no Brasil, existem agências reguladoras - uma aberração da burocracia-, que podem fazer isso. Hoje não podemos comprar uma RIFOCINA sem receita, ou seja, o Estado cada vez mais interfere na vida do cidadão. É mais burocracia para pagar por ela.
Vinicius voce está coberto de razão, de minha parte o que eu queria ver mesmo é de onde vem o dinheiro que financia as incubadas no Biopark, hahahahahaha. Ontem li um artigo no site da Fiesp onde os enfileirados para foto, engravatados e engravatadas, afirmavam que o desenvolvimento da agropecuária no Brasil se deu graças a ação da embrapa, hahahahahaha, do sol, do clima e da terra....pois é. Em outro artigo falam em parcerias com multinacionais e grupos de apaniguados onde a embrapa irá coordenar o desenvolvimento das tais tecnologias. Isso no mínimo é uma piada de mau gosto.
Rodrigo Marcelo Sapiaginski Palmas - TO
O comentário do Vlamir Brandalizze está equivocado sobre os bio insumos on farm. A multiplicação pode ser feita em uma caixa d´agua com motor elétrico, acessível até para os pequenos produtores. A multiplicação é simples e o custo 30% do valor oferecido pelas multis pelas mesmas bactérias. As bactérias agem inclusive no auxílio para redução da dose do defensivo químico. A eficiência on farm é excelente, pois sai da fábrica e é aplicado. Essa lei em verdade quer tirar o lucro do produtor. É mais uma facada nas costas dos produtores. Não deveria passar.
Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC
A distancia entre o discurso ideológico da esquerda e de parte dos ditos "conservadores", melhor seria neobolsonaristas, e a prática é uma coisa abissal.
VOCÊ ESTÁ BEEEM EQUIVOCADO, EIN! SABE QUEM É O AUTOR? JAQUES WAGNER - PT/BA. LEIA AÍ.
https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/150351