Boi: Semana começa com mercado em ritmo fraco e escalas devem condicionar ambiente sob manutenção de preços nos últimos dias úteis de junho
A segunda-feira, no mercado físico do boi gordo, foi de ambiente sonolento, onde ocorreram esparsas apontamentos referenciais de preços e fraca liquidez de negócios realizados. Como característica de início de semana, indústrias se ausentam dos negócios, de modo a estabelecer novas estratégias de compras, bem como contabilizam o desempenho da venda de carne bovina no mercado doméstico. Na ponta vendedora, pecuaristas abstêm-se de novas vendas e aguardam a definição de novos patamares de preços para retornar aos negócios.
Nesta toada, a IHS Markit não registrou variações significativas de preços nas praças pecuárias cobertas pela consultoria, porém captou novos panoramas e condições de mercado que deverão delinear as cotações da arroba bovina ao longo destes últimos dias úteis do mês.
Conforme reportado por players do mercado, grande parte da indústria frigorífica de SP já possuem as escalas de abate consolidadas até a próxima sexta-feira dia 1ºde julho, o que condiciona um ritmo mais fraco de negócios. Os preços balcão seguem estáveis em R$320 nas praças paulistas e devem permanecer neste patamar, haja visto que as operações de compras de gado seguem cadenciadas e sob cautela de modo a evitar um repique de preços mais ascendente que possa ser refletido nas demais praças pecuárias do país.
Entretanto, houve reportes de lotes diferenciais e particulares de animais que chegam a ser comercializados por R$330 por arroba. Entretanto, estes preços são destinados a animais provindos de confinamento, lotes com volumes significativos de boiada gorda, bem como outras particularidades, frete, distância, acabamento, que condicionam preços superiores aos patamares vigentes observados.
Outrora, observa-se que o volume de animais disponíveis para abate segue enxuto, sobretudo aqueles que atendem as características padronizadas para o mercado externo. Neste sentido, há um direcionamento por parte da indústria em efetivar maiores negócios com novilhas, o que ocasionou a valorização desta categoria de animais.
A relação cambial condiciona melhores movimentos de negócios para exportação, o que deverá ser o principal driver para indústria seguir atuando de forma mais ativa na operação para o mercado exterior. Assim, pode-se observar a partir da próxima semana, preços e prêmios em maiores patamares para animais que possuam as características de exportação, bem como a originação volumes de animais provindos de outros estados para a indústria frigorífica paulista.
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