Soja: Apesar das baixas em Chicago, portos brasileiros ainda mantém patamar dos R$ 200 com disparada do dólar
As baixas intensas no complexo soja continuam no início da tarde desta segunda-feira (13) e são lideradas pelo farelo na Bolsa de Chicago. Perto de 13h10 (horário de Brasília), as cotação do derivado perdiam mais de 2%, com o primeiro contrato sendo negociado a US$ 418,20 por tonelada curta e perda de 2,54%.
Assim, entre os futuros do grãos as perdas eram de mais de 1,5% - ou variavam entre 31,25 e 38,25 pontos nos principais vencimentos, com o julho ainda se mantendo acima dos US$ 17,00, valendo US$ 17,12 por bushel, enquanto o agosto tinha US$ 16,30 por bushel.
No óleo, as perdas são de mais de 1%, com a posição mais negociada valendo 79,80 cents de dólar por libra-peso. Além das baixas que são registradas pelo petróleo, ajudando a pressionar o mercado de combustíveis de uma forma geral, a notícia de que a Indonésia liberou a exportação de 1,16 milhão de toneladas de óleo de palma nesta segunda e ajudou a intensificar o movimento de queda.
"Este volume é previsto para ser embarcado até o final de julho. Com a notícia, o óleo de palma caiu 2,06% na Bursa Malaysia nesta madrugada, pressionando o óleo de soja em 1,63%. Queda forte também para os óleos na Bolsa de Dalian, na China", explica o time da Agrinvest Commodities.
O mercado mantém a força dos seus fundamentos, porém, sente o peso do financeiro neste início de semana, segundo explicam analistas e consultores. A China voltando aos lockdowns com um novo surto de Covid-19 preocupa todos os mercados e aumenta a aversão ao risco, além de trazer incertezas sobre o consumo, apesar da necessidade que ainda possui de garantir alguns volumes nos próximos meses para estar bem abastecida.
Mais do que isso, as previsões de boas condições de clima para a fase final do plantio nos EUA e o desenvolvimento das lavouras americanas no Corn Belt também pesa sobre os preços neste início de semana.
MERCADO BRASILEIRO
No Brasil, o destaque é a alta de mais de 2% do dólar frente ao real nesta segunda-feira. A moeda americana volta a superar os R$ 5,00 e compensa na formação dos preços em reais por saca no mercado nacional, como explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.
Segundo eles, os preços nos portos estão em um dos melhores momentos dos últimos dias, ainda na casa dos R$ 200,00 por saca. E diante da volatilidade que o câmbio ainda apresenta, o momento é importante e exige atenção do produtor brasileiro, que tem a sua frente grandes e boas oportunidades de comercialização.
"O mercado ainda paga acima de R$ 200,00 nos portos. Para o disponível, recebimento imediato, os preços estavam na casa dos R$ 201,50; R$ 202,50 para agosto. Entrega para agosto e pagamento em setembro, preços entre R$ 206,00 e R$ 207,00 e para que entrega em agosto e pode receber em janeiro, R$ 213,00. Há oportunidade de negócios para todos. E estão querendo soja para embarque agosto em diante, porque os compradores já estão cobertos para junho e julho", explica Brandalizze.
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