Consultor americano alerta para os próximos 30 dias de oportunidades em Chicago, com soja buscando novos tetos de preços
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Entrevista com Aaron Edwards - Consultor de Mercado da Roach Ag Marketing sobre o Fechamento de Mercado da Soja
A quarta-feira (25) foi intensa para o mercado de grãos na Bolsa de Chicago, com baixas que vinham sendo lideradas pelo trigo, e terminou com os preços no vermelho, porém, com as perdas mais agressivas sendo registradas para a soja. Os principais contratos cederam entre 4,75 e 12 pontos, levando o julho a US$ 16,81 e o agosto a US$ 16,20 por bushel. Os contratos mais próximos foram os que mais perderam.
De acordo com o analista de mercado Aaron Edwards, da Roach Ag Marketing, o mercado da soja segue realizando lucros, sentiu mais forte o peso deste movimento neste pregão, ainda cruzando fundamentos, informações técnicas e do financeiro.
"Para mim foi uma negociação rotineira. Tivemos um pouco de realização de lucros no lado de cima da faixa (de preços), talvez encontremos já compradores suficientes ou talvez caiamos um pouquinho pro limite de baixa, mas temos compradores suficientes sempre no mercado da soja nos últimos meses, e não vejo motivo no curto prazo para acreditar que isso vá mudar nos próximos dias ou semanas", explica.
Edwards volta a afirmar que a volatilidade tende a continuar, principalmente porque o potencial de alta para as cotações continua bastante presente, com o mercado ainda podendo testar - com estes movimentos técnicos - essas correções e realizações por parte dos fundos.
O suporte, segundo ele, vem ainda da demanda intensa e forte pela soja dos Estados Unidos, sendo confirmada, inclusive, pelos altos prêmios que continuam a ser registrados no mercado norte-americano, principalmente no físico. "Todos os sintomas altistas ainda estão muito fortes e por isso, pra mim, a demanda está muito forte", explica o consultor.
Ele complementa dizendo que a incerteza ainda sobre o real tamanho da safra americana é mais um fator de presença e influência fortes no mercado neste momento, o que vai ganhar ainda mais espaço no radar dos traders com o plantio da oleaginosa passando dos 50% da área.
"A safra não está cheia. Assim que tivermos mais certeza da safra o risco de baixa nos preços vai aumentar. Por hora, ainda há incerteza e o potencial de alta (dos preços) ainda é grande", acredita Edwards, que complementa afirmando que a possibilidade de baixas em julho e agosto é maior dada a chance de uma colheita de soja cheia nos EUA.
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