Modelos passam a mostrar frio mais intenso e café arábica avança mais de mil pontos em NY
Reagindo as preocupações com o frio intenso no Brasil, o mercado futuro do café arábica registra mais de mil pontos de altas na manhã desta quarta-feira (11) na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Por volta das 11h09 (horário de Brasília), julho/22 tinha alta de 1115 pontos, negociado por 214,95 cents/lbp, setembro/22 tinha valorização de 1210 pontos, cotado por 215,90 cents/lbp, dezembro/22 tinha alta de 1185 pontos, cotado por 215,30 cents/lbp e março/23 registrava valorizaçao de 1165 pontos, cotado por 214,40 cents/lbp.
A aproximação do inverno no Brasil por si só já levantava muita preocupação para o mercado cafeeiro no Brasil, que ainda sente os impactos da geada registrada no ano passado. A consultoria StoneX Brasil divulgou ontem o risco de geada em áreas de café na semana que vem e atualização dos modelos meteorológicos além de manter a previsão de queda nas temperaturas, passaram a mostrar a condição de um frio ainda mais intenso nos próximos dias, aumentando risco de geadas nas áreas cafeeiras.
Existe um consenso entre os meteorologistas de que a massa de ar frio prevista para semana que vem tende a ser mais intensa, trazendo riscos em várias áreas de produção agrícola. Fernando Maximiliano, analista da StoneX Brasil, afirma que a atualização do modelo divulgada nesta manhã segue mantendo frio nas áreas da Mogiana, sul de Minas Gerais e podendo chegar até o Cerrado Mineiro.
"O mercado reage aos modelos, mas ainda estamos em fase de monitoramento, ele se antecipa, mas precisamos ter em mente que precisamos esperar para ver o que de fato acontecer. Vale lembrar que caso esse frio perca a intensidade, Nova York também pode devolver essa valorização", afirma.
O agrometeorologista Luiz Renato Lazinski explica que assim como aconteceu no ano passado, o frio antecipado é consequência do fenômeno La Niña que voltou a ter intensidade nas últimas semanas. + Alerta no milho safrinha: Frio precoce e intenso pode atingir lavouras no PR, sul de SP e MS nos próximos dias
Haroldo Bonfá, analista de mercado da Pharos Consultoria, também afirma que a reação nos preços é uma resposta ao frio e preocupação com a oferta do Brasil, mas destaca ainda que o mercado aguarda pelos números de exportação do Brasil, que será divulgado ainda nesta quarta-feira (11) pelo Cecafé. "Se esse número for muito baixo, como achamos que pode ser, é mais um ingrediente de preocupação na formação desses preços", acrescenta.
Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon acompanha a valorização. Julho/22 tinha alta de US$ 29 por tonelada, negociado por US$ 2038, setembro/22 tinha valorização de US$ 27 por tonelada, cotado por U$S 2040, novembro/22 tinha alta de US$ 28 por tonelada, negociado por US$ 2039 e janeiro/23 tinha valorização de US$ 28 por tonelada, cotado por US$ 2038.
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