Soja intensifica baixas em Chicago motivada por perdas de mais de 5% do óleo nesta 2ª feira
Os futuros do óleo de soja despencam mais de 5% na tarde desta segunda-feira (2) na Bolsa de Chicago - tendo já marcado baixas de até 7% - e pesam sobre todo o complexo, em especial no grão. Perto de 13h55 (horário de Brasília), os futuros da soja intensificavam suas perdas, que variavam de 32,75 a 45 pontos nas posições mais negociadas, levando o julho a US$ 16,39 e o agosto a US$ 15,95 por bushel. Milho e trigo também caem forte na CBOT.
O mercado cai forte diante da baixa agressiva que se observou mais cedo no petróleo - chegando a 4% - além do momento de maior aversão ao risco no financeiro neste início de semana esperando pelas novidades que deverão chegar pelo Federal Reserve nesta quarta-feira (4) sobre os juros americanos, além da política de tolerância zero Covid-19 na China, que mantém um peso sobre a demanda e muitas incertezas sobre o crescimento econômico do gigante asiático.
"Os russos intensificaram os ataques com mísseis à Ucrânia nas regiões de Donbas e do Mar Negro, bombardeando o aeroporto de Odessa. A China segue com seus lockdowns, em seu combate a Covid-19 com tolerância zero, questão essa que não tem sido fácil. A China está celebrando o seu feriado Gold Week - Semana Dourada - e o mercado só reabrirá na próxima quinta-feira, dia 5", afirma Ginaldo Sousa, diretor do Grupo Labhoro.
O clima nos Estados Unidos também pesa sobre as cotações neste início de semana, de acordo com os especialistas. Condições ligeiramente melhores se desenharam no final de semana e deram espaço ao movimento.
"Boas chuvas durante o final de semana no centro e leste do Corn Belt e chuvas leves no lado norte aliviando algumas áreas mais secas, mas por outro lado atrapalhando o plantio", complementa o diretor da Labhoro.
Nesta segunda, o mercado espera pelo novo boletim semanal de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) com a atualização do percentual de área plantada no país.
O dólar em alta frente ao real é mais um sinal de aversão ao risco e também um fator de pressão sobre os futuros da oleaginosa e de demais commodities nesta segunda. Perto de 14h10 (Brasília), a moeda americana subia expressivos 2,15% para ser cotada a R$ 5,05. Embora pressione Chicago, a divisa em alta ajuda a formar preços melhores para a soja brasileira.
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