Milho: B3 sobe nesta 2ª feira acompanhando a alta forte do dólar e clima para safrinha

Publicado em 02/05/2022 11:34

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Apesar das baixas intensas dos futuros do milho na Bolsa de Chicago, o mercado do cereal na B3 - o mercado futuro no Brasil - opera em campo positivo nesta segunda-feira (2). Perto de 11h20 (horário de Brasília), os preços subiam pouco mais de 0,7% levando o julho a R$ 95,60 e o novembro a R$ 99,84 por saca. A exceção entre as posições mais negociadas era o maio, que tinha baixa de 0,78% para ser cotado a R$ 91,57 por saca. 

O mercado do milho na B3 acompanha a alta muito forte do dólar que, no final da manhã de hoje, passava de 1,5%, levando a moeda americana a R$ 5,02. 

"Parte do fluxo global começa a se alinhar a um cenário mais conservador, que em partes afetou a valorização do real frente ao dólar, o movimento em commodities de toda a ordem e também, em partes, as perspectivas inflacionárias de diversas localidades do mundo", disse em relatório Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset à agência de notícias Reuters, sobre a espera do mercado pela atualização da taxa de juros nos Estados Unidos.

Assim, enquanto o dólar forte dá suporte às cotações no mercado futuro brasileiro e na formação dos preços no mercado interno, as atenções se voltam ao desenvolvimento da segunda safra brasileira, a qual traz preocupações pontuais em algumas regiões importantes de produção.

"Os produtores de boa parte do Centro-Oeste e do Sudeste estão reclamando por chuvas sobre o milho. Com muitas regiões já completando um mês sem chuvas, as lavouras plantadas fora da janela de fevereiro sentem e mostram grandes perdas na produtividade e algumas podem não conseguir evoluir", explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting. "O ideal para as lavouras todas seria pelo menos mais uma boa chuva, para que assim consiga formar
a espiga e encher os grãos. Mas, parte das áreas não está recebendo estas chuvas e isso deve refletir no potencial produtivo final", complementa.

E este acaba sendo mais um fator de suporte para as cotações do milho no mercado brasileiro. 

BOLSA DE CHICAGO

Na Bolsa de Chicago, as cotações do milho cediam entre 9,25 e 11 pontos, levando o maio a US$ 8,09 e o julho a US$ 8,03 por bushel. 

Os futuros do cereal sentiam, em partes, a pressão vinda do financeiro, com certa aversão ao risco rondando o mercado em semana de definições importantes, em especial sobre a taxa de juros nos Estados Unidos pelo Federal Reserve. A decisão chega nesta quarta-feira (4). 

A continuidade da guerra e do surto de Covid-19 na China também estão em foco, ao lado, principalmente, do clima nos EUA que é o principal fundamento para o mercado do cereal neste momento. Além disso, o mercado realiza lucros depois das altas de mais de 10% acumuladas na semana passada na CBOT. 

"Boas chuvas durante o final de semana no centro e leste do Corn Belt e chuvas leves no lado norte aliviando algumas áreas mais secas, mas por outro lado atrapalhando o plantio", explica o diretor do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa. 

Nesta segunda, o mercado espera pelo novo boletim semanal de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) com a atualização do percentual de área plantada no país.  

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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