Soja dispara mais de 20 pts nesta tarde 4ª feira com foco na logística norte-americana
As cotações futuras da soja subiam cerca de 20 pontos nesta tarde de quarta-feira (27) na Bolsa de Chicago (CBOT). O mercado passou a repercutir a situação logística nos Estados Unidos, além do cenário já dado de preocupação com a safra norte-americana e a disparada do óleo.
Por volta de 13h25 (horário de Brasília), o maio/22 era cotado a US$ 17,31 por bushel com alta de 25,6 pontos, mas foi a máxima de 16,96 por bushel, e o julho/22 a US$ 16,92 por bushel com valorização de 20,4 pontos. Nos derivados, o óleo e o farelo de soja saltavam mais de 1,5%.
"Com o aumento do volume de exportação de derivados de petróleo para o União Europeia, a demanda por vagões aumentou violentamente, deixando na mão produtos agrícolas que não tem como ser escoados", destacou em nota nesta tarde a Agrinvest Commodities.
A safra norte-americana está sendo plantada e precisará ser escoada durante o segundo semestre.
Ainda como fator de suporte, há as preocupações com o clima no Meio-Oeste dos Estados Unidos, já que há muitas expectativas sobre a nova safra norte-americana.
De acordo com analistas e consultores de mercado, embora haja tempo de recuperação, o plantio no país está atrasado em relação ao ano passado e à média dos últimos anos e isso chama a atenção do mercado.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou na segunda-feira que apenas 3% da área dedicada para o plantio soja havia sido semeada, contra 1% da semana passada, 7% do mesmo período do ano passado e 15% de média plurianual. A expectativa era exatamente de 3%.
Ainda como fator de alta ao mercado da oleaginosa, há o acompanhamento do avanço de mais de 2% do óleo derivado de soja. O mercado segue de olho nas incertezas sobre as exportações de óleo de palma da Indonésia, fora todo o aperto na oferta global de óleo de todas as origens.
No financeiro, por outro lado, o mercado monitora a leve baixa do petróleo, além de acompanhamento do câmbio. Do lado da demanda, segue no radar dos investidores as informações sobre os lockdowns na China, bem como ao conflito entre Rússia e Ucrânia, que já dura mais de 60 dias.
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