Copom está pronto para enfrentar inflação maior, diz presidente do BC

Publicado em 22/04/2022 15:43
Segundo Campos Neto, guerra na Ucrânia pressiona índices de preços

O Banco Central (BC) está pronto para aumentar os juros mais do que o previsto caso a inflação seja maior ou mais persistente que o esperado, disse o presidente do órgão, Roberto Campos Neto. Em viagem aos Estados Unidos, ele repetiu que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve elevar a taxa Selic (juros básicos da economia) para 12,75% ao ano na próxima reunião, em maio, mas deu a entender que ajustes adicionais podem ocorrer.

“O Copom avalia que o momento exige serenidade para avaliar o tamanho e a duração dos choques atuais. [O comitê] persistirá em sua estratégia até que o processo de desinflação e a ancoragem das expectativas em torno de suas metas se consolide”, declarou Campos Neto em apresentação a investidores.

Com a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) no maior nível desde 1994, Campos Neto repetiu declarações recentes de que o BC está aberto a revisar o cenário de política monetária. Originalmente, estava previsto que o Copom elevaria os juros dos atuais 11,75% ao ano para 12,75% ao ano no próximo mês. Com a persistência da inflação, uma elevação adicional não está descartada para a reunião do Copom em junho.

“O Copom ressalta que seus futuros passos de política monetária poderão ser ajustados para garantir a convergência da inflação para suas metas e dependerá da evolução da atividade econômica, no balanço de riscos e nas expectativas e projeções de inflação para o horizonte relevante à política monetária”, acrescentou Campos Neto, que está em Washington para reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial e do G20 (grupo das 20 maiores economias do planeta).

Guerra

Na apresentação, divulgada aos jornalistas, Campos Neto afirmou que a guerra entre Rússia e Ucrânia pode agravar as pressões sobre a inflação em todo o planeta. De acordo com ele, os preços estão sujeitos a sofrer efeitos, tanto países desenvolvidos como em desenvolvimento, estão sofrendo com os impactos econômicos do conflito.

Segundo ele, a guerra pode atrasar a transição para uma economia verde. Isso porque que diversos países têm de recorrer a combustíveis fósseis no curto prazo para suprir a falta do gás natural russo e à escassez de insumos dependentes do petróleo, como fertilizantes.

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Fonte:
Agência Brasil

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1 comentário

  • Merie Coradi Cuiaba - MT

    Esses meninos do BC não sabem como agir. Primeiro deixaram o dólar e a inflação explodir. Depois deixaram o dólar se desvalorizar 18% em um único mês. Elevaram em um ano a taxa Selic em 370% (trezentos e setenta por cento). Isso é controle? Deveriam ter pedido as contas faz tempo.

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Então Merie deveriam gastar alguns bilhões de dólares que estão na reserva só para manter estável o preço da soja ? ---Acho bacana, sai do bolso deles e entra no teu ?

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    • Aloísio Brito Unaí - MG

      Sra Merie Coradi, a senhora acha mesmo que isso é totalmente controlado por eles? Já estudou economia? Ou entendes realmente sobre esse assunto?

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    • francisco elias abrao pres.prudente - SP

      Bom dia meu amigo! com a guerra na ucrânia e a alta dos juros, o nosso mercado ficou muito atrativo e ai os dólares vem para o brasil. Acredito que os economistas do governo estão achando bom esta queda do dólar , pq esta ajudando na diminuição da inflação . Ficou ruim pra nós do agro. Mas a realidade é essa. abco

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    • Merie Coradi Cuiaba - MT

      Meloni, cambio e juros não é só SOJA ... temos inflação, temos empresas que importam, exportam, que pagam juros, temos empregos.

      Ai temos um BC que aumenta juros em 370% em um ano e o senhor acha normal isso?

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    • Merie Coradi Cuiaba - MT

      Aloisio, umas das funções do BC é manter a inflação em dia e vida estável, seja das empresas, agricultores, trabalhadores. Permitindo que o dólar fosse para R$0-5,80 e depois recuasse para R$-4,60 qual estabilidade promoveram. Se eles não tem o mínimo de visão de enxergar na frente do nariz, que saiam e deixem para quem não tem miopia.

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    • Aloísio Brito Unaí - MG

      Parece ser tão simples… as adversidades causadas pela pandemia e, agora uma guerra significativa, que queira você ou não, está assustando o mundo. Esse é o problema nacional. Não sabemos fazer ideia das coisas e achamos que tudo se resolve numa mesa de bar. É o fim da picada. As pessoas simplesmente esquecem de tudo muito rápido, é tanta desinformação idiota que as pessoas se perdem pelos excessos de frases prontas e burras. Somos escravos de nós mesmos, nesse País que ainda existem os que votam no 9 dedos. Faça me o favor… que País é esse?!

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