Dólar volta a se aproximar de mínimas contra real, na contramão do exterior

Publicado em 18/04/2022 14:25

Logotipo Reuters

O dólar era negociado em queda contra o real na tarde desta segunda-feira, voltando a se aproximar das mínimas do pregão, movimento descolado da ampla força da moeda norte-americana no exterior.

Às 14h09 (de Brasília), o dólar à vista caía 0,7%, a 4,6615 reais na venda, depois de recuar 0,87% no piso do dia, a 4,6559 reais. Mais cedo a moeda chegou a operar em território positivo, indo a 4,7098 reais na máxima, alta de 0,28%.

Na B3, às 14:19 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,83%, a 4,6785 reais.

A baixa no mercado local destoava da alta de mais de 0,3% do índice do dólar contra uma cesta de seis moedas de países ricos, bem como da desvalorização da maioria das divisas emergentes, como pesos colombiano e chileno, sol peruano e rand sul-africano. O dólar era apoiado no exterior pela disparada dos rendimentos dos títulos soberanos norte-americanos.

Jefferson Rugik, diretor-executivo da Correparti Corretora, atribuiu a performance do dólar no mercado local a um "desmonte de posições defensivas no mercado futuro" após um dado de inflação doméstico mais forte do que o esperado alimentar apostas de que o Banco Central estenderá seu ciclo de aperto monetário para além da próxima reunião do Copom, em maio.

A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou nesta segunda-feira que o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) disparou a 2,48% em abril, resultado acima da expectativa em pesquisa da Reuters, de alta de 2,20%.

Juros mais altos por aqui tendem a beneficiar o real, já que tornam a renda fixa local mais atraente para investidores estrangeiros. A Selic está atualmente em 11,75% ao ano.

Nesta sessão de liquidez reduzida, devido a feriado na Europa e em outras praças globais, investidores focavam dados sobre o crescimento da China, que, embora tenha surpreendido positivamente no acumulado do primeiro trimestre, perdeu fôlego em março.

Também estava no radar a pauta fiscal doméstica, após o secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago, dizer que ainda não há decisão tomada sobre reajustes a servidores federais neste ano.

Em entrevista sobre o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2023, Colnago afirmou que o governo está prevendo em suas contas um gasto de 11,7 bilhões de reais para aumentos salariais no ano que vem.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário