Guedes reitera corte de 33% do IPI e promete nova redução de 10% em tarifa de importação

Publicado em 07/04/2022 16:54 e atualizado em 07/04/2022 18:12

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Por Bernardo Caram

BRASÍLIA (Reuters) - O governo ampliará o corte da alíquota de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de 25% para 33% e poderá fazer uma nova redução de 10% nas tarifas de importação, disse nesta quinta-feira o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Em evento do Bradesco BBI, Guedes afirmou que o governo continuará abrindo a economia gradualmente, respeitando o parque industrial do país. Por isso, será necessário intensificar o corte do IPI para depois reduzir novamente tarifas de importação.

De acordo com o ministro, o corte de 33% de IPI estava pronto para ser liberado, mas um acordo político travou a medida porque governadores não reduziram o ICMS.

“Vamos para (um corte de) 33% do IPI já que eles não colaboraram com a receita do ICMS”, disse.

Na última semana, o governo publicou um decreto que apenas prorrogou por 30 dias a redução de 25% das alíquotas de IPI, sem a prometida ampliação do corte.

Em março, o governo reduziu em 10% a tarifa que incide sobre bens de capital, de informática e telecomunicações. Anteriormente, em novembro do ano passado, o país antecipou um corte de 10% das alíquotas de importação em debate no Mercosul.

TABELA DO IR

No evento, Guedes afirmou que o governo pretende usar o excesso de arrecadação observado atualmente para corrigir a tabela do Imposto de Renda da pessoa física e reduzir o IR de empresas, medidas que não avançaram na reforma apresentada ao Congresso.

O ministro ponderou que ainda não está decidido se esses cortes de tributo serão feitos logo ou no início do "próximo mandato" do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo Guedes, a apresentação de uma reforma tributária, que travou na atual gestão, precisa ser feita "no dia um" do próximo mandato.

Em sua apresentação, Guedes ainda chamou de populismo ideias de conceder aumento salarial a servidores em um momento em que o país ainda combate a crise.

"Se começar a dar reajuste para todo mundo, estamos empurrando custo para filhos e netos", disse.

Para ele, não é possível que haja uma lógica de reposição de salários neste momento porque o mundo viveu uma guerra, em referência à pandemia de Covid-19.

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Fonte:
Reuters

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