IDR-Paraná encerra monitoramento da Ferrugem Asiática com menor índice de coletores com esporos já registrado
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IDR-Paraná encerra monitoramento da Ferrugem Asiática com menor índice de coletores com esporos já registrado
O coordenador estadual do projeto Grãos Sustentáveis do IDR-Paraná, Edivan José Possamai, classifica essa como a safra de soja com menor porcentagem de coletores identificando a presença de esporos da Ferrugem Asiática no Paraná. Na visão do especialista, a condição climática com pouca chuva e temperaturas elevadas contribuiram para a diminuição da pressão da doença no estado.
Confira a entrevista completa com o coordenador estadual do projeto Grãos Sustentáveis do IDR-Paraná no vídeo.
Alerta Ferrugem diminui custos de produção da soja
O sistema de monitoramento da ferrugem asiática, o Alerta Ferrugem, completou mais um ciclo com o fim da safra de soja 2021/2022. Foram quase cinco meses em que os extensionistas do IDR-Paraná acompanharam coletores de esporos nas principais áreas produtoras do estado para detectar a presença de esporos da ferrugem e a necessidade de aplicação de fungicidas nas lavouras. Produtores e extensionistas concluíram que o trabalho contribuiu para reduzir o número de aplicações de agrotóxicos e também com a diminuição dos custos de produção, fatores importantes em um ano marcado pela baixa produtividade das lavouras.
Edivan José Possamai, coordenador estadual do projeto Grãos Sustentáveis do IDR-Paraná, informou que este ano foi atípico quanto à presença de esporos da ferrugem nos coletores espalhados no Paraná. "O monitoramento mostra que em anos sob a influência do fenômeno La Niña, como na safra 2021/2022, a ferrugem é menos problemática em virtude da ocorrência de menores precipitações. Já em anos de El Niño, com mais precipitações, a doença é mais agressiva e chega às lavouras mais cedo, devido às condições mais favoráveis ao desenvolvimento da doença", explicou.
De acordo com Possamai, dos 240 coletores instalados no Paraná, apenas 88 apresentaram esporos da ferrugem asiática da soja nesta safra. Devido ao clima seco ter evitado a proliferação e dispersão da doença, foi possível uma redução dos custos nas áreas monitoradas. Segundo Possamai, o agricultor que seguiu as orientações técnicas não desperdiçou recursos com a aplicação de fungicidas quando a doença não oferecia risco para as lavouras.
Além dos 240 coletores, neste ano os extensionistas do Instituto acompanharam 208 propriedades, Unidades Referência, em todo o estado. Além de examinar as lâminas dos coletores, que indicam a presença de esporos da ferrugem no ambiente, os extensionistas também fizeram o trabalho de observação das plantas para a identificação dos sintomas da doença. "Os produtores das URs, em média, não chegaram a fazer uma aplicação de fungicidas. Outros agricultores, mesmo com a seca, chegaram a fazer três aplicações. É uma economia razoável para o produtor. Ainda mais neste ano em que houve períodos de escassez de insumos e alta no preço desses produtos, além de baixa produtividade das lavouras. Nesta safra a produtividade média das lavouras de soja ficou em 35 sacas por hectare no Paraná, enquanto em anos de clima favorável os produtores colheram 63 sacas por hectare. Mas com o monitoramento houve um melhor aproveitamento dos insumos no sistema de produção", afirmou Possamai.
O monitoramento não fica restrito às propriedades que servem como URs. Possamai calcula que para cada coletor, outros dez produtores no entorno acompanham e adotam as orientações aplicadas nas URs. Isso soma quase dois mil produtores que passaram a utilizar o Manejo Integrado de Pragas no Paraná", informou Possamai. Ele garante que em outubro de 2022 o trabalho será retomado e deve ser ampliado para mais propriedades pensando na nova safra de soja.
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