Petróleo salta 5% e volta aos US$ 100/barril com temores sobre a oferta
Os preços do petróleo subiam mais de 5% nesta quinta-feira (17) em meio temores com a oferta depois que a Agência Internacional de Energia (AIE) disse que a produção russa cairá até 25% já no próximo mês em meio ao cenário de guerra com a Ucrânia.
Por volta das 08h47 (horário de Brasília), o petróleo WTI tinha valorização de 5,18%, ou US$ 4,92 o barril, a US$ 99,96 o barril. Enquanto que o Brent era cotado a US$ 100,56 o barril com valorização de 5,14%.
Na quarta-feira, a Agência Internacional de Energia anunciou que o mercado de petróleo poderá perder até três milhões de barris por dia (bpd) do tipo bruto e de produtos refinados russos já a partir do mês de abril, acima do que se esperava, e os preços devem reagir a este cenário.
"O impacto dos preços mais altos do petróleo e de outras commodities... aumentará a inflação, reduzirá o poder de compra das famílias e provavelmente desencadeará reações políticas dos bancos centrais em todo o mundo - com um forte impacto negativo no crescimento", disse a entidade.
De acordo com a agência de notícias Reuters, o banco Morgan Stanley elevou sua previsão de preço do petróleo Brent em US$ 20 para o terceiro trimestre de 2022 para US$ 120 o barril, prevendo uma queda na produção russa de cerca de 1 milhão de bpd a partir de abril.
A queda na oferta será acima da revisão da demanda global de 600 mil bpd.
"Tanto a oferta quanto a demanda estão prejudicando, mas a oferta está prejudicando mais e um mercado de petróleo apertado para os próximos dois trimestres é esperado", disse o banco SEB.
Na sessão anterior, os preços do petróleo tiveram queda depois de uma alta nos estoques de petróleo acima do esperado, de 4,3 milhões de barris na semana até 11 de março para 415,9 milhões de barris, segundo a Administração de Informações sobre Energia dos EUA.
Analistas esperavam uma queda de 1,4 milhão de barris para o período.
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