Milho despenca 3,6% em Chicago nesta 4ªfeira e puxa B3 para baixo
A quarta-feira (16) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3), flutuando na faixa entre R$ 97,00 e R$ 102,00.
O vencimento maio/22 foi cotado à R$ 102,80 com perda de 1,06%, o julho/22 valeu R$ 98,23 com baixa de 0,95%, o setembro/22 foi negociado por R$ 97,85 com desvalorização de 1,16% e o novembro/22 teve valor de R$ 100,00 com queda de 0,89%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a Bolsa Brasileira está seguindo o mercado de exportação que hoje varia de R$ 96,00 à R$ 100,00 no porto de Paranaguá e ao redor dos R$ 103,00 no mercado interno.
“Pela manhã o milho chegou a pagar R$ 107,00 no porto e caiu ao longo do dia em função da despencada do milho em Chicago”, pontua Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou altos e baixos nesta quarta-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações apenas em Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Rio do Sul/SC e Amambai/MS. Já as desvalorizações apareceram nas praças de Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Eldorado/MS e Cândido Mota/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “a queda de braço entre comprador e vendedor ajuda a sustentar a saca em Campinas/SP nos patamares de R$104,00/sc”.
A SAFRAS & Mercado ainda relata que, o mercado brasileiro de milho teve uma quarta-feira de preços firmes. “A boa demanda voltada para embarques a partir de abril e o cenário de oferta ajustada no mercado doméstico devem contribuir para manter as cotações sustentadas”.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também encerraram uma quarta-feira baixista na Bolsa de Chicago (CBOT), com as principais cotações acumulando novos recuos.
O vencimento maio/22 foi cotado à US$ 7,30 com desvalorização de 28,00 pontos, o julho/22 valeu US$ 6,97 com baixa de 26,25 pontos, o setembro/22 foi negociado por US$ 6,47 com perda de 23,25 pontos e o dezembro/22 teve valor de US$ 6,29 com queda de 21,50 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última terça-feira (15), de 3,69% para o maio/22, de 3,60% para o julho/22, de 3,43% para o setembro/22 e de 3,38% para o dezembro/22.
Segundo informações da Agência Reuters, o milho caiu quando as negociações entre Moscou e Kiev atenuaram os temores de uma interrupção prolongada nas exportações de grãos do Mar Negro.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse que as negociações de paz estão soando mais realistas, mas é necessário mais tempo, já que os ataques aéreos russos mataram cinco pessoas na capital Kiev e o número de refugiados desde a invasão de Moscou chegou a três milhões.
“Este mercado foi executado com medo, principalmente o medo do desconhecido. Estamos ficando menos desconhecidos aqui, então o medo nos grãos está diminuindo”, disse Jeff French, proprietário da Ag Hedgers.
A publicação destaca ainda que, os comerciantes estão começando a se concentrar na produção dos EUA antes do relatório de intenções de plantio do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em 31 de março.
“O mercado, especificamente milho e soja de safras antigas, está muito confortável para negociar antes desse relatório”, disse Dan Hussey, estrategista sênior de mercado do Zaner Group.
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