Desempenho do frango (vivo e abatido) na 10ª semana de 2022, segunda de março
Vivenciando rara fase de absoluto ajuste entre oferta e procura – indício de que, a partir de janeiro, houve readequação no volume em criação – na segunda semana de março o frango abatido experimentou ajustes diários de preços. Ou seja: só não foi reajustado no sábado (12), mas porque os negócios do setor se desenrolam entre segunda e sexta-feira (daí a estabilidade, apenas aparente, nos finais de semana).
Além, porém, de serem diários, os ganhos de preço da semana foram bastante expressivos. Tanto que o valor médio da semana foi quase 11% superior ao da semana anterior, enquanto a cotação do encerramento do período (dia 11) registrou incremento de mais de 16% sobre o valor de abertura do mês – índices que ainda não haviam sido registrados em 2022.
Ainda que alcance no momento a melhor cotação não apenas do ano, mas dos últimos quatro meses, o frango abatido continua sendo negociado por valores inferiores aos registrados entre a segunda quinzena de julho e a primeira quinzena de novembro de 2021. Sem que, desde então, fosse registrada qualquer redução no custo de produção. Muito pelo contrário, por sinal.
Como, nesta terça-feira (15), a primeira quinzena de março chega ao fim, a tendência natural é a de uma desaceleração no atual dinamismo do mercado. Isto, entretanto, não deve ter maior influência nos preços do produto e o que pode ocorrer é uma menor velocidade na correção das cotações.
Tudo o que foi dito, aliás, se aplica também ao frango vivo, cujos preços vêm sendo corrigidos diariamente, sem pausas (exceto pelo domingo, quando não há transações), desde 3 de março. Foram, portanto, nove dias de ajustes, todos de 10 centavos cada e que podem ter continuidade nesta semana, visto que a disponibilidade de aves vivas permanece restrita.
Dado, no entanto, que as correções de preço do frango vivo são mais recentes (começaram em março, enquanto as do frango abatido vêm desde fevereiro), sua valorização no mês (+9,18%) é bem inferior à do abatido (+17,16%). Já em relação a março de 2021, ambos registram valorização relativamente próxima – de 16,73% o abatido; de 14,56% o frango vivo.
À primeira vista parece ser um bom desempenho pois supera, ao menos, a inflação oficial do período. Lembrar, porém, que em março do ano passado as cotações – tanto do frango abatido como do vivo – ficaram situadas entre as menores do ano que passou. Por ora, portanto, não há ganho algum em ambos os segmentos.
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