Se crise na Ucrânia escalar, governo pensará em subsídio para diesel, diz Guedes

Publicado em 11/03/2022 08:51

Logotipo Reuters

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira que caso haja uma escalada do impacto da guerra na Ucrânia sobre os preços de combustíveis, com uma prolongação do conflito, o governo pode pensar em adotar um subsídio para o diesel.

"Se isso se resolve em 30, 60 dias, a crise estaria mais ou menos endereçada. Agora, vai que isso se precipita, vira uma escalada, aí, sim, você começa a pensar em subsídio para diesel", afirmou a jornalistas na portaria do ministério.

Falando ao lado do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, Guedes disse que o projeto aprovado no Senado nesta quinta alterando a taxação dos combustíveis ameniza em cerca de dois terços o reajuste de preços do diesel anunciado mais cedo. O alívio, segundo o ministro, será de 60 centavos de real por litro.

O cálculo foi antecipado pela Reuters nesta tarde depois que a Petrobras anunciou um aumento de 90 centavos no preço médio do litro do diesel em suas refinarias (+24,93%) e de 61 centavos para a gasolina (+18,77%).

O impacto da isenção do PIS/Cofins será de 18 a 19 bilhões de reais para o governo federal, disse o ministro, e a mudança na incidência do ICMS terá um custo de 15 a 16 bilhões de reais para os Estados.

"Por enquanto, a ideia é o seguinte, o primeiro choque foi absorvido, agora vamos observar", disse Guedes.

O ministro afirmou, ainda, que o governo "nunca" pensou em alterar a política de preços da Petrobras e ressaltou que esse é um problema da empresa sobre o qual o seu ministério não tem ingerência.

Sobre a conta de estabilização dos preços dos combustíveis também aprovada no Senado nesta quinta, Guedes disse tratar-se de um instrumento que ficaria à disposição, mas que não está nos planos do governo no momento.

(Por Isabel Versiani)

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário