Hortifruti/CEPEA: Impactos das chuvas irregulares no Sul
Saiba os impactos do clima nas principais culturas de HF do Sul do País:
BANANA: No Norte de Santa Catarina, o clima mais quente e seco é limitante à produção, mas produtores estão conseguindo driblar os grandes impactos da estiagem, por meio de realização de tratos culturais.
UVA: Nas áreas de uva destinada à indústria do Rio Grande do Sul, a falta de chuvas e as altas temperaturas reduziram a produtividade dos parreirais. Por outro lado, o clima seco beneficiou o ºbrix, que é o fator principal de remuneração das processadoras.
MELANCIA: A falta de chuvas e as altas temperaturas resultaram em quebra de produtividade da safra 2021/22 de parte das roças do Rio Grande do Sul, em prejuízos à qualidade e em menor calibre (as altas temperaturas estão encurtando o ciclo e, com a baixa umidade, os frutos crescem pouco).
MAÇÃ: As principais regiões produtoras de maçã de Santa Catarina e, especialmente, do Rio Grande do Sul enfrentaram uma severa estiagem entre o encerramento de 2021 e início deste ano. O clima seco somado às altas temperaturas prejudicaram parte das maçãs da safra 2021/22 que estavam em período de “enchimento”, quando há necessidade de certo volume de água.
CEBOLA: O clima mais seco, de uma forma geral, beneficiou a safra 2021/22. Apesar das dificuldades com relação à irrigação no período de desenvolvimento, que acabou reduzindo o calibre dos bulbos, a menor incidência de doenças nas lavouras favoreceu a produção.
CENOURA: As regiões produtoras de Caxias do Sul (RS) e Marilândia do Sul (PR) registraram impactos distintos do clima sobre a produção. Na praça gaúcha, com a crise hídrica, não há disponibilidade de água suficiente para irrigação, e a produção das cenouras da safra de verão, que estão em desenvolvimento, tem sido fortemente restrita. Já em Marilândia do Sul, as chuvas foram mais intensas na primeira quinzena de janeiro, o que causou incidência de “mela” nas raízes e afetou a colheita e plantio no período. Mas já na segunda metade do mês, o volume de chuvas diminuiu, o que tende a beneficiar a produção.
TOMATE: A falta de chuvas no Sul preocupa produtores e gera receio de água insuficiente para irrigação. Em Caçador (SC), há relatos de frutos com menor calibre, devido ao volume de irrigação abaixo do ideal. Apesar do tempo seco e quente, as pragas seguem controladas. O principal problema está sendo o tripes, mas ainda em menor intensidade frente ao ano passado. Um cenário parecido acontece no RS, com redução no calibre dos frutos, menor enraizamento e aumento na incidência de mosca branca e traça.
BATATA: No Sul, a falta de chuvas tem prejudicado a produção, sobretudo nas áreas de sequeiro. O principal problema está relacionado à qualidade, uma vez que a falta de chuva aliado ao clima quente têm resultado em escurecimento da pele dos tubérculos, depreciando o produto no mercado. Em Água Doce (SC) e Palmas (PR), a qualidade está boa, sem incidência de pragas e doenças, mas o volume de água abaixo do ideal ocasiona formação de batatas com calibre mais baixo.
0 comentário
Chuchu é o destaque da semana (25 a 29/11) no atacado da CEAGESP
Pioneiro na produção de chocolates Bean-to-Bar, César de Mendes vivencia a realidade da produção de cacau na Floresta Amazônica
Pará lidera expansão da cacauicultura com distribuição gratuita de sementes híbridas
Grande final do Desafio Tecnológico do Cacau acontece em 10 de dezembro, em Ilhéus
Melão/Cepea: Preços nominais são recordes no ano
Mandioca/Cepea: Leve aumento de oferta limita valorizações