Milho em campo misto nesta 3ªfeira tanto na B3 quanto na CBOT
A terça-feira (08) chega ao fim com os preços futuros do milho flutuando em campo misto na Bolsa Brasileira (B3). A primeira cotação subiu, enquanto as demais posições recuaram ao longo de todo o dia.
O vencimento março/22 foi cotado à R$ 101,92 com ganho de 0,02%, o maio/22 valeu R$ 104,60 com baixa de 0,73%, o julho/22 foi negociado por R$ 99,05 com perda de 0,54% e o setembro/22 teve valor de R$ 98,90 com queda de 0,34%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, estamos entrando em uma fase do milho em que vamos colher uma grande safrinha e é hora de o produtor começar a se preparar.
“Ou fazer um hedge ou fazer uma fixação futura. Porque as cotações estão em níveis muito interessantes no segundo semestre, mesmo para o pico da entrada da safrinha. O mercado de porto hoje na exportação paga entre R$ 105,00 e R$ 107,00 e o mercado doméstico na indústria de R$ 102,00 à R$ 108,00”, diz Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou elevações neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou nenhuma desvalorização, mas se deparou com valorizações em Rio do Sul/SC, Brasília/DF, Oeste da Bahia e Cândido Mota/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “a semana pós carnaval começou com o mercado físico ganhando tração, estimulado pela retomada do mercado doméstico e interesse do exportador”.
Enquanto isso, o Mato Grosso deve plantar mais milho nesta segunda safra. Conforme estima o Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária), o estado deve semear 6,30 milhões de hectares, o que na comparação com a temporada passada 2021 representa incremento de 7,86%.
Já no Paraná, a colheita da safra de verão atingiu a marca de 64% do total semeado dos 434.231 hectare. Ao mesmo tempo, o plantio da safrinha subiu para 69% dos 2,632 milhões de hectares previstos pelo Deral (Departamento de Economia Rural) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT), que operou em campo negativo a maior parte do dia, ganhou um pouco de força, pelo menos em seus primeiros vencimentos, e encerrou a terça-feira flutuando em campo misto.
O vencimento março/22 foi cotado à US$ 7,54 com ganho de 5,25 pontos, o maio/22 valeu US$ 7,53 com alta de 2,25 pontos, o julho/22 foi negociado por US$ 7,26 com baixa de 1,25 pontos e o setembro/22 teve valor de US$ 6,73 com perda de 1,25 pontos.
Esses índices representaram elevação, com relação ao fechamento da última segunda-feira (07), de 0,67% para o março/22 e de 0,40% para o maio/22, além queda de 0,14% para o julho/22 e de 0,15% para o setembro/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho estavam um pouco mais baixos, com o mercado fazendo uma pausa após as interrupções no fornecimento dos principais exportadores Rússia e Ucrânia elevaram os preços em 10% desde a invasão da Rússia.
O site internacional Barchart destaca também que os futuros do milho foram negociados em baixa, mas com perdas limitadas após o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportar embarques semanais de milho de 1,582 milhões de toneladas para a semana encerrada em 3 de março. Isso foi acima das 1.555 milhões na semana passada, mas abaixo da mesma semana do ano passado.
0 comentário
B3 antecipa movimento de queda dos preços do milho que ainda não apareceu no mercado físico
Demanda por milho segue forte nos EUA e cotações futuras começam a 6ªfeira subindo em Chicago
Radar Investimentos: Milho brasileiro encontra barreiras no mercado internacional
Milho emenda sexta queda consecutiva e B3 atinge menores patamares em um mês nesta 5ªfeira
Getap 2024: premiação deve ter altas produtividades para o milho inverno 24
Cotações do milho recuam nesta quinta-feira na B3 e em Chicago