Ibovespa vira e cai com Ucrânia e inflação no radar

Publicado em 23/02/2022 12:33

Logotipo Reuters

Por Andre Romani

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa brasileira apontava leve queda nesta quarta-feira, após subir na abertura, à medida que a recuperação em Wall Street perdeu fôlego, com o mercado atento à crise na Ucrânia.

Siderúrgicas e locadoras de veículos pesavam sobre o índice, enquanto setores de petróleo, financeiro, e de energia contribuíam positivamente. O mercado também digeria dado de inflação local acima do esperado em fevereiro.

Às 12:25, o Ibovespa caía 0,35%, a 112.502,01 pontos. O volume financeiro era de 10,6 bilhões de reais.

Após a Rússia enviar soldados a duas regiões separatistas no leste da Ucrânia, países incluindo os Estados Unidos e o Reino Unido, além do bloco europeu, anunciaram planos para sanções a bancos e indivíduos russos. As medidas, entretanto, parecem ter ficado abaixo do que o mercado temia, o que gerou firme recuperação nos ativos de risco mais cedo.

Ainda assim, a cautela voltou a dominar no cenário internacional no final da manhã (horário de Brasília). Em meio a incertezas sobre um potencial conflito, mercados têm vivido período volátil nas últimas semanas.

Enquanto isso, investidores aguardavam os próximos passos a serem tomados pelo presidente russo, Vladimir Putin. Ele disse mais cedo que o país está aberto à diplomacia, mas não comprometerá sua segurança.

Os principais índices de ações norte-americanos passaram a cair levemente.

No Brasil, o IPCA-15, prévia da inflação, subiu 0,99% em fevereiro ante janeiro, a maior alta para o mês em seis anos, com efeito da sazonalidade dos custos de educação. O resultado ficou bem acima do avanço esperado por economistas em pesquisa da Reuters, de 0,85%.

O mercado também está atento a potenciais votações no Senado de projetos que tentam reduzir a alta dos combustíveis.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN apontava acréscimo de 2,3%, enquanto ON avançava 1,2%, antes de divulgação de balanço após fechamento do mercado. Petróleo passou a subir no mercado internacional. PETRORIO ON ganhava 3,7%.

- 3R PETROLEUM ON afundava 6,9%, mesmo após lucro líquido de 19,77 milhões de reais no quarto trimestre de 2021 frente a prejuízo um ano antes. Analistas do BTG Pactual viram "um conjunto fraco de resultados".

- ELETROBRAS PN tinha alta de 3% e ON mostrava valorização de 2,2%, após acionistas aprovarem a desestatização da companhia, prevista para acontecer no primeiro semestre deste ano.

- NUBANK passou a cair cerca de 9% em Nova York, depois de alta na abertura. O banco reduziu prejuízo líquido a 66,2 milhões de dólares no quarto trimestre, de 107,1 milhões um ano antes, com adição de clientes e venda de mais produtos.

- VALE ON caía 1,4%, após minério de ferro recuar em Dalian, à medida que preocupações com ambiente regulatório na China sobrepuseram-se à perspectiva de demanda no país. GERDAU PN puxava queda das siderúrgicas, e perdia 3,8%, depois de lucro líquido não avançar como o esperado por analistas.

- AMERICANAS ON subia 2,2%, após disparar na abertura com o restabelecimento parcial de seus sites de e-commerce. Além disso, varejistas brasileiros, no geral, perderam fôlego depois de avançarem na esteira do resultado do Mercado Livre. As ações da empresa argentina ganhavam cerca de 7% em Nova York. MAGAZINE LUIZA ON tinha alta de 0,3% e VIA ON caía 0,8%.

- LOCALIZA ON afundava 5,7%, após menor receita com venda de seminovos pesar nos resultados da empresa. O lucro líquido veio um pouco abaixo do esperado pelo mercado. UNIDAS ON, companhia com qual está combinando negócios, cedia 5,2%.

- RAIA DROGASIL ON tinha queda de 4,3%, BRF ON desvalorizava-se 1,6% e TELEFÔNICA BRASIL ON subia 1,7%, após resultados trimestrais. Telefônica também anunciou recompra de ações.

- ALPARGATAS PN perdia 2,9%. O follow-on da companhia saiu com 2,3% do desconto frente ao fechamento de terça-feira.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário