Suinocultura independente: preços começam a sinalizar melhora com a diminuição de oferta e peso dos animais
Após subsequentes quedas nos preços do suíno comercialziado no mercado independente, nesta quinta-feira (10), aparentemente, o setor começou a esboçar alguma reação, com esceção de Minas Gerais, onde não houve acordo entre frigoríficos e criadores. Lideranças apontam que há uma diminuição de oferta de animais e com pesos menores, além de que o mercado entendeu que esta redução pode ser contínua, e se antecipou nas compras.
Em São Paulo, segundo informações da Associação PAulista de Criadores de Suínos (APCS), na semana anterior não havia tido acordo entre frigoríficos e suinocultores, e o último preço registrado havia sido de R$ 5,33/kg. Nesta semana, foi realizada negociação com o preço de R$ 5,87/kg, com acordo.
O presidente da APCS, Valdomiro Ferreira, explica que este reajuste foi motivado por aspectos como a diminuição da oferta de animais e nesta próxima semana, observa-se queda no peso dos animais. "Inclusive, algumas granjas apontaram que não vão conseguir cumprir escalas de compromisso em função dos animais leves. Por outro lado, observa-se uma procura maior por parte dos frigoríficos. Foi sinalizado ao mercado que a diminuição no número de animais pode ser contínua daqui para frente, e os frigoríficos se adiantaram nas compras", afirmou.
Houve aumento também em Santa Catarina, como aponta a Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), partindo de R$ 4,76/kg vivo para R$ 5,24/kg.
No mercado mineiro, houve alta, saindo de R$ 5,40/kg vivo para R$ 6,00/kg, sem acordo entre frigoríficos e produotes, conforme com informações da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).
"Além da presença mais ativa dos compradores, o enxugamento da oferta por destruição de pesos nas granjas é uma realidade. Esse é um movimento nacional. Apesar disso não houve acordo entre as partes em referência aos valores dessa alta que era reconhecida por todos.", disse Alvimar Jalles, consultor de mercado da entidade.
No estado do Paraná, Considerando a média semanal (entre os dias 03/02/2022 a 09/02/2022), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 3,71%, fechando a semana em R$ 4,57/kg.
"Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$ 4,66/kg", informou o reporte do Lapesui.
No caso do mercado gaúcho, que realiza as negociações às sextas-feiras, o valor passou de R$ 5,28/kg vivo para R$ 5,30/kg vivo na última sexta-feira (4), conforme dados da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs). “Trata-se de uma questão mercadológica. Temos um excesso de produção e oferta e uma demanda que, apesar do consumo do mercado interno e exportações em volumes bastante expressivos, não é suficiente para escoar a produção. O produtor independente é o que mais está sentindo os reflexos da crise”, comenta o presidente da instituição, Valdecir Folador.
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