Milho sobe nesta 2ªfeira com B3 perseguindo a paridade de importação
A segunda-feira (07) chega ao final com os preços futuros do milho flutuando em campo positivo na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações voltaram a superar a barreira dos R$ 99,00.
O vencimento março/22 foi cotado à R$ 99,31 com valorização de 2,48%, o maio/22 valeu R$ 96,80 com alta de 2,43%, o julho/22 foi negociado por R$ 92,00 com elevação de 1,94% e o setembro/22 teve valor de R$ 91,00 com ganho de 2,01%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 está seguindo a lógica de mercado, uma vez que hoje, para se importar milho, ele chegaria aos portos entre R$ 105,00 e R$ 107,00, deixando o produtor caro.
“Isso dificulta novos negócios até o meio do ano. Além disso, as condições de exportação melhoraram um pouco e hoje já se fala de R$ 87,00 a R$ 90,00 no segundo semestre”, pontua Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também registrou mais altos do que baixos neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações apenas em Ponta Grossa/PR, Brasília/DF e São Gabriel do Oeste/MS. Já as valorizações apareceram em Londrina/PR, Dourados/MS, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, as cotações de milho seguem apresentando comportamentos distintos dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea.
“Nas praças consumidoras de São Paulo, os preços estão em queda, ao passo que no Sul do País, os valores seguem firmes, sustentados pelos danos causados pelo clima seco durante o desenvolvimento das lavouras”.
Entre 28 de janeiro e 4 de fevereiro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) recuou 0,28%, fechando a R$ 97,13/saca de 60 kg na sexta-feira, 4.
“No geral, a liquidez está baixa. Alguns vendedores têm sido mais flexíveis nos valores de venda, sobretudo quando há necessidade de fazer caixa. Já os mais capitalizados se mantêm afastados do spot nacional, à espera de novas valorizações. Do lado dos consumidores, muitos ainda estão resistentes em adquirir o cereal nos atuais patamares de preços. Assim, esses demandantes trabalham com o produto em estoque”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também começou a semana altista para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento março/22 foi cotado à US$ 6,35 com ganho de 14,75 pontos, o maio/22 valeu US$ 6,37 com valorização de 15,50 pontos, o julho/22 foi negociado por US$ 6,33 com alta de 15,25 pontos e o setembro/22 teve valor de US$ 5,95 com elevação de 9,50 pontos.
Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última sexta-feira (07), de 2,42% para o março/22, de 2,58% para o maio/22, de 2,43% para o julho/22 e de 1,54% para o setembro/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho subiram com a seca da América do Sul e acompanhando as altas de trigo e do complexo soja neste primeiro dia da semana em Chicago.
“Ainda temos preocupações com o clima na América do Sul, e sua previsão não parece estar melhorando para as áreas que precisam melhorar”, disse Ted Seifried, vice-presidente do Zaner Group.
A publicação ainda destaca que, os mercados também estão se posicionando à frente das previsões mundiais de oferta e demanda de grãos e oleaginosas do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na próxima quarta-feira.
“Os relatórios de oferta e demanda de safras do USDA desta semana devem mostrar suprimentos mais apertados de grãos e oleaginosas e safras menores no Brasil e na Argentina”, aponta Christopher Walljasper da Reuters Chicago.
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