Demanda forte é novo fator de elevação dos preços da soja, com indústrias antecipando compras e China recompondo estoques

Publicado em 28/01/2022 17:45
Victor Martins - HEDGEpoint Global Markets
Alta da soja em Chicago e elevação dos prêmios, tanto no Brasil quanto nos EUA, mostram que demanda é firme

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Entrevista com Victor Martins - HEDGEpoint Global Markets sobre o Fechamento de Mercado da Soja

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A semana foi agitada para o mercado da soja na Bolsa de Chicago e terminou o pregão desta sexta-feira (28) com altas de mais de 20 pontos entre os contratos mais negociados. Assim, o maio passou para US$ 14,75 para concluir os negócios, enquanto o julho foi a US$ 14,73 por bushel. Apesar de o clima na América do Sul comprometendo severamente a oferta, neste momento o mercado encontra força também na demanda, como explica Victor Martins, risk manager da Hedge Point Global Markets, em entrevista ao Notícias Agrícolas. 

"A demanda está sendo o driver de alta agora (...) E tivemos um movimento sincrônico com altas em Chicago e também dos prêmios", disse. "O clima continua sendo o foco, mas a demanda foi implacável mostrando que não pode haver erro", completa. Os lineups nos portos brasileiros para os primeiros meses de 2022 são elevados, a demanda para exportação segue forte e continua disputando com a indústria local, que também se mostra bastante ávida pela matéria-prima. 

Como disse Martins, ao menos por agora, as processadoras "batem de frente" com os importadores, uma vez que diante de margens tão positivas de esmagamento, têm ofertado preços melhores - acima dos R$ 190,00 por saca - para garantir que a soja permaneça por aqui. Do mesmo modo, os indicativos na exportação também permanecem firmes, porém, com dificuldade de originação dada o interesse de venda contido por parte do produtor brasileiro neste momento. 

O momento faz, portanto, com que os demandadores - principalmente a China - passem a olhar mais para os Estados Unidos como alternativa de origem. Todavia, a demanda interna norte-americana também está bastante forte, disputando a oleaginosa com as exportações, ao serem registrados níveis recordes de esmagamento nos EUA e margens muito positivas, como acontece no Brasil. 

A China caminha para entrar no feriado do Ano Novo Lunar - o mais importante da nação asiática - e a demanda por soja depois deste período deve ser, segundo o risk manager, bastante agressiva. Na análise do especialista, os chineses terão que comprar 30 milhões de toneladas de abril a junho.

"A soja dos R$ 200,00 não está mais tão distante", afirma Martins. 
 

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Por:
Aleksander Horta e Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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2 comentários

  • Gilberto Rossetto Brianorte - MT

    Victor Martins, eu posso estar enganado, mas o Mato Grosso não colherá 36 MT, uma quebra de mais de 5%, ou seja, colherá a mesma coisa da safra passada ou menos (apesar do aumento de área). Ano passado a safra foi BOA, este ano será REGULAR. E pelo que vejo não tem muito soja pra venda.

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    • Leodir Vicente Sbaraine Terra Roxa - PR

      Sr. Gilberto, aqui no Paraná, todos os meios de comunicação afirmam safras acima de 40 milhões Ton. , Desse jeito a safra total brasileira não chega a 120 m. de Ton.,...

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Os números dizem que em 21/22 a área plantada com soja por sensoriamento remoto é de 10,75 milhões de hectares.----Tudo vai depender da produtividade-----Se for 55sc/ha a produção vai chegar a 35,5 milhões de toneladas, ou seja, inferior ao ano passado-----Mas se a produtividade for superior a 55 sacas pode repetir o trunfo do ano passado

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    • Daniel Costa Nova Mutum - MT

      Até próximo a colheita parecia que seria melhor que ano passado, mas próximo a colheita tiveram problemas de anomalia das vagens e agora o tempo invernado na colheita está iniciando germinação na lavoura, perda de quantidade e qualidade.

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  • Geraldo Emanuel Prizon Coromandel - MG

    Avisem o Victor Martins que o erro a que ele se refere já ocorreu.

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