Soja: Abiove ainda estima esmagamento maior este ano, mas reduz projeção das exportações com perdas de safra

Publicado em 28/01/2022 14:18 e atualizado em 28/01/2022 16:08
Daniel Amaral - Economista-chefe da Abiove
Apesar de um volume de matéria-prima bem menor do que o inicialmente estimado, associação afirma que haverá soja suficiente para atender o esmagamento e a demanda por farelo e óleo tanto interna, quanto externamente.

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Entrevista com Daniel Amaral - Economista-chefe da Abiove sobre a Seca no Sul diminui projeção da safra de soja


Abiove: Seca no Sul diminui projeção da safra de sojaem 4,2 milhões de toneladas 

São Paulo, 27 de janeiro de 2022 - A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) revisou suas projeções para o complexo soja no Brasil em 2022 e atualizou as estatísticas mensais até dezembro de 2021. 

Para 2022, a projeção da safra brasileira de soja sofreu novo corte, reflexo da seca na região Sul do País. Feita a partir das avaliações da inteligência de mercado de suas associadas, a nova projeção aponta para 135,8 milhões de toneladas de soja produzidas neste ano, queda de 4,2 milhões de toneladas sobre a última estimativa. 

Na avaliação da ABIOVE, a quebra de safra impactará a exportação do grão, com redução das 91,1 milhões de toneladas previstas anteriormente para 86,9 milhões de toneladas. Já o esmagamento projetado segue inalterado em 48 milhões de toneladas, acompanhado de aumento de 200 mil toneladas da exportação projetada de farelo de soja para 18,3 milhões de toneladas. 

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Tabela: Abiove

Volumes de 2021 atualizados 

No mês de dezembro de 2021, o esmagamento ficou acima da média histórica para o período ao atingir 3,3 milhões de toneladas, para uma amostra representativa de 84,5% do processamento no Brasil. Corrigindo este volume amostral para compreender toda a cadeia produtiva da soja no País, o processamento alcançou 3,9 milhões de toneladas em dezembro de 2021. 

Em função deste resultado, a ABIOVE elevou sua estimativa de processamento para 47,0 milhões de toneladas em 2021. Também aumentou a produção estimada em 300 mil toneladas para 138,3 milhões de toneladas. Ao longo de fevereiro, a entidade consolidará os números finais da temporada. 

 

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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2 comentários

  • Vilson Ambrozi Chapadinha - MA

    Vergonhosa esta previsão..., quanto orgãos oficiais conservadores apontam mais de 20 milhoes de quebra.

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    • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR

      Nem os sócios da Abiove acreditam nessas previsões. Se acreditarem, vão ficar sem soja para moer em setembro.

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  • Vilson Ambrozi Chapadinha - MA

    Previsão da Abiove são iguais a pesquisas eleitorais para presidente . 4 milhões é menos da metade do que o Deral anunciou ontem para o Paraná . Então a leitura é essa, tudo o que já perdeu a maior disso, é escassez...

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    • Hilario Bussolaro Cascavel - PR

      Como sempre as estimativas deles só não mostram de onde vem. Então é só ir lá na entrevista e falar qualquer bobagem, não tem como levantar os dados de forma correta. Então vale o que eles dizem, só esquecem que em abril a corda vai apertar e a falta e a procura pelos grãos vão aumentar, aí só quem pode guardar terá vantagens expressivas, e mais uma vez o pequeno e médio que precisa vender vai somar mais prejuízos, colhe pouco e vende por valor menor, e sim isso só tira o estímulo dos produtores . Então produtor, já passou da hora de reduzir a produção para que o grão tenha valor, não é parar de plantar mas voltar aos velhos tempos, dividir os plantios e diminuir a safrinha, parar de correr tantos riscos, onde no final quem paga a conta e o agro

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    • Raimundo Gartner Jordãozinho (Guarapuava) - PR

      Ontem andei de Campo Mourão passando por Assis Chateaubriand, Palotina , Guaíra, Marechal Rondon ,Toledo e Cascavel e o que vi foi um filme de terror. Sou agricultor há 45 anos e nunca vi uma situação dessas. Nas melhores terras do Paraná a média por ha não vai chegar a 1000 kg. Quem não acredita pega o carro e vá verificar

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    • EDMILSON JOSE ZABOTT PALOTINA - PR

      Sr. Raimundo e demais , sem dúvida a realidade é dessa que o Sr. Fala para pior . Com um agravante, a péssima qualidade do grão . E para desespero do produtor a grande maioria dos peritos , exigindo que o produtor continue o cultivo , não paga a Água do Radiador da Colhedora . Deveria autorizar a destruição permitindo uma melhor janela para o Milho Safrinha.

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    • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR

      Cooperativa aqui do centro oeste do Paraná vai usar parte dos altos lucros obtidos no farelo e no óleo para pagar melhor preço da soja da lousa, visando receber mais soja do agricultor agora na safra. Fazem isso porque terão que trazer soja do Mato Grosso para funcionar esmagadora durante todo ano de 2022. Isso nunca aconteceu antes.

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    • Ivo Brustolin Palotina - PR

      Que generosidade Sr. Raimundo, coloquei a máquina e logo desisti , não deu 200Kgs por ha, não paga a água do radiador, como disse o Edmilson, e a qualidade é péssima, e assim mesmo temos que esperar mais 15 dias pra liberação do seguro e já fica em cima do prazo pra plantar a safrinha.

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    • CESAR AUGUSTO SCHMITT Maringá - PR

      Pois é companheiros do Oeste e noroeste do PR. Vivemos uma situação caótica no que diz respeito a seguro e peritos. Algum tempo atrás, participando de uma reunião da comissão técnica da FAEP, quando, se não me falha a memoria o Sr. Edmilson, lá do sindicato de Palotina, também participava. Pois bem, nessa reunião me posicionei dizendo que o atual modelo de seguro "não prestava" e que só favorecia os bancos e seguradoras. Fui veementemente combatido pelo Sr. Pedro Loyola, hoje diretor de gestão de risco do Ministério da Agricultura. Continuei contestando em um grupo dele, até me retirar do grupo, por discordância. Portanto estamos, agora pagando pela nossa inocência. Sugiro ao NA que entreviste o Sr. Pedro Loyola para sabermos o que está sendo feito para aprimorar esse instrumento vital para o agro. Do jeito que está não pode ficar.

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    • leandro carlos amaral Itambé - PR

      Aí chega o perito com sua camionete sem placas, eles são pior que policial rodoviário, pra tudo acha defeito....esse ano não fiz seguro...tá muito ruim a soja mas em compensação até final de semana tô com 80% do meu milho plantado....hoje meu vizinho tá desde cedo com a colheitadeira e o caminhão e até agora a noite nada de perito aparecer...... Com meu dinheiro, se Deus quiser, esse povo de seguro não se cria..

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    • Hilario Bussolaro Cascavel - PR

      Sr. César, esse modelo sem dúvida só ajuda quem mais precisa os bancos e seguradoras... o agricultor só paga a conta, eu fiquei esperando por mais de 30 dias o perito ou seja passou do prazo legal que era de 15 dias, aí começou a chover, atrasou o plantio do milho por mais uma 15 dias até a germinação vai mais um 7 dias , quando acionei o seguro do milho safrinha negaram por plantar fora do zoneamento... o seguro era banco do Brasil esse nosso banco aí e até hoje não recebi, quem conseguiu plantar 29 dias antes colheu 100 sacas há eu colhi 30, tive que pagar a conta, não sei se esse loiola.e o mesmo de Cascavel como agricultor se não me engano se quebrou faz muito tempo que não ouço falar dele, o carra que defende esse modelo de seguro não pode ser chamado de uma pessoa normal deve ser de algum cabide de emprego desses órgãos que indicam qualquer porcaria para o cargo, aí vem os entendidos e defende pela formação e até experiência do carra mas não passam de sangue suga só sistema, onde andei em parte do ms, e Paraná e de dar do só ouve falar de 20/25/50 sacas por alqueire. O presidente do sindicato rural mais um encostado disse que o Paraná tinha previsão de colher 80 sacas por ha então isso seria 193 sacas por alqueire isso e pra vcs ver como estamos mal representado em todos os órgãos que deveriam nos proteger Paraná dá pra contar nos dedos áreas que atingiram essas média.no ano passado. Em fim temos que.lutar com tudo e todos pra poder produzir nesse país isso que agora melhorou, e só fazer a conta soja 170 dobrou adubo e rundap quadruplicou o dólar mais que dobrou ... então fica a pergunta, qual a lógica disso se não é um roubo contra o agro no geral, sem mais

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