Milho fecha a semana com B3 encostada nos R$ 100 e altas devem seguir ao longo do ano
Os preços futuros do milho encerraram a sexta-feira (21) se sustentando levemente mais altos na Bolsa Brasileira (B3) e fechando a semana muito próximos dos R$ 100,00 a saca nos primeiros contratos.
O vencimento março/22 foi cotado à R$ 99,80 com alta de 0,51%, o maio/22 valeu R$ 97,30 com elevação de 0,50%, o julho/22 foi negociado por R$ 90,49 com valorização de 0,81% e o setembro/22 teve valor de R$ 89,85 com ganho de 0,37%.
Na comparação semanal, os contratos do cereal brasileiro acumularam elevações de 0,02% para o janeiro/22, de 0,55% para o março/22, de 1,88% para o maio/22, de 0,99% para o julho/22 e de 1,26% para o setembro/22, em relação à última sexta-feira (14).
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado do milho segue firme e sem a presença de vendedores com o mercado gaúcho sendo comprador já na faixa dos R$ 106,00 a saca.
“O mercado vai fechando a semana em alta dentro dos melhores níveis do ano e, mesmo em R4 106,00 não aparecem vendedores no Rio Grande do Sul. Com isso, a B3 já bate os R$ 100,00 e, até nas posições da safrinha já vai batendo os R$ 90,00, o que é mostra de que o mercado vai seguir em alta neste ano”, diz Brandalizze.
Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho seguiu com seu quadro de cotações firmes e em elevação nas principais praças de comercialização do país. “A oferta segue limitada e os compradores que aparecem no mercado em busca de milho têm de pagar mais caro para garantir seu abastecimento”.
O analista de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, destaca que o foco agora é cada vez mais para a colheita e comercialização da soja. Isso acaba deixando o milho mais de lado, o que reduz mais a oferta do cereal e dá suporte às cotações. “O mercado está sem qualquer sintoma de baixa”, destaca Molinari.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também subiu neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou desvalorizações em nenhuma das praças pesquisadas, mas encontrou valorizações em Panambi/RS, Ponta Grossa/PR, Castro/PR, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “com mais áreas de soja colhidas no Centro-Sul brasileiro gradativamente tem surgido mais ofertas de milho no mercado físico. No entanto, as tentativas de venda dos produtores não tem convergido próximo ao preço que os consumidores têm a intenção de pagar em São Paulo”.
A análise da Agrifatto Consultoria acrescenta que, “a queda de braço no mercado físico do milho se intensifica, vendedores enxergam um cenário de preços favoráveis no futuro e optam por reter o grão. Com isso, os preços seguem firmes e em Campinas/SP onde a saca do cereal é comercializada na casa dos R$ 98,00/sc”.
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro foram ganhando força ao longo do dia e encerraram a sexta-feira contabilizando movimentações positivas na Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento março/22 foi cotado à US$ 6,16 com valorização de 5,25 pontos, o maio/22 valeu US$ 6,14 com elevação de 3,25 pontos, o julho/22 foi negociado por US$ 6,08 com alta de 2,00 pontos e o setembro/22 teve valor de US$ 5,78 com ganho de 2,25 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (20), de 0,82% para o março/22, de 0,66% para o maio/22, de 0,33% para o julho/22 e de 0,35% para o setembro/22.
Na comparação semanal, os contratos do cereal brasileiro acumularam valorizações de 3,36% para o março/22, de 2,85% para o maio/22, de 2,53% para o julho/22 e de 1,58% para o setembro/22, em relação à última sexta-feira (14).
Segundo informações da Agência Reuters, o crescente interesse de exportação impulsionou o milho, que subiu depois de afundar durante os pregões noturnos.
“Estamos vendo muita movimentação de dinheiro nos mercados. É um assunto muito volátil e instável. Chegamos esta manhã e temos alguns negócios de exportação”, disse Greg Grow, diretor de agronegócios da Archer Financial Services em Chicago.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou que exportadores privados informaram a venda de 247.800 toneladas de milho para destinos desconhecidos. Separadamente, o departamento disse que as vendas semanais de exportação de milho foram de 1,196 milhão de toneladas, o que ficou perto do limite máximo das previsões de mercado.
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