Embrapa e Marrocos estreitam cooperação em ações de PD&I relacionadas a fósforo
Em visita à Embrapa nesta quarta-feira (19/1), o presidente da Office Chérifien des Phosphates (OCP) no Brasil, Olávio Takenaka, afirmou ao presidente da Embrapa, Celso Moretti, o interesse da empresa marroquina em ampliar e diversificar a cooperação entre os dois países. Hoje, a OCP é a empresa que detém o monopólio do fósforo no Marrocos, país que possui cerca de 70% das reservas mundiais conhecidas do nutriente, e é a maior fornecedora de fósforo para o Brasil (cerca de 40% das importações nacionais).
Entretanto, a expectativa é transcender o viés comercial e agregar novos valores à essa parceria, calcada em quatro principais pilares: inovação, educação, customização e sustentabilidade. Participaram também da reunião o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que hoje atua como consultor estratégico da OCP, e os diretores de P&D, Guy de Capdeville, e Inovação e Tecnologia, Adriana Martin.
Um dos objetivos de Takenaka é envolver a Université Mohammed VI Polytechnique (UM6P) na cooperação entre a OCP e a Embrapa, para desenvolvimento de ações conjuntas de PD&I voltadas principalmente a inovações na área de fertilizantes fosfatados, priorizando a produção de bioinsumos à base de fósforo.
“Além disso, pretendemos estimular o intercâmbio de conhecimentos, pesquisadores e alunos dos dois países”, reforçou o presidente da OCP. Dois pesquisadores da Embrapa já estiveram na universidade marroquina antes da pandemia, mas o objetivo é que essa troca de expertises se torne sistêmica.
Existem, pelo menos, três iniciativas em elaboração entre a Embrapa e a OCP, com destaque para bioinsumos, envolvendo, no mínimo, oito UDs – Solos, Milho e Sorgo, Agrobiologia, Agrossilvipastoril, Soja, Cerrados, Meio Ambiente e Trigo. A empresa marroquina busca, principalmente, ações de inovação para incorporar insumos biológicos em seus fertilizantes fosfatados, com vistas à sustentabilidade. Hoje, conta com 10 filiais de norte a sul do Brasil, com exceção de Minas Gerais.
Takenaka destacou também que pretende contar com a experiência da Embrapa na customização de produtos personalizados a culturas agrícolas e regiões. O presidente Celso Moretti reforçou que a capilaridade da Empresa, com unidades de pesquisa distribuídas em praticamente todo o Território Nacional, será fundamental para esse processo.
Pela Embrapa, a diretoria de P&D fará a coordenação das ações voltadas à ampliação e fortalecimento da parceria entre as duas instituições.
O presidente da Embrapa destacou que a cooperação internacional será um dos focos da agenda da Empresa em 2022. Já está prevista uma viagem para o Marrocos em breve, quando o presidente vai conhecer a sede da OCP e também a UM6P.
Além da visita in loco, assim que o País abrir as fronteiras, hoje fechadas em decorrência do avanço da variante Ômicron, foram sugeridas reuniões virtuais entre as esquipes de PD&I das três instituições: Embrapa, OCP e UM6P.
0 comentário
Pedidos de recuperação judicial de empresas do setor agro crescem no País
Mulheres do agro debatem realidade da produção agrícola no Brasil durante o 5º ENMCOOP em Florianópolis
Ministro da Defesa chinês recusa reunião com chefe do Pentágono
Chefes de partidos da UE chegam a acordo sobre indicados de von der Leyen para Comissão
STOXX 600 fecha quase estável após negociações voláteis; setor imobiliário pesa
Ações da Target caem 20%, com varejista dos EUA esperando estagnação das vendas na época de festas