Açúcar encerra semana com queda de mais de 3,5% na Bolsa de NY
O mercado do açúcar encerrou a semana com perdas de mais de 3,5% na Bolsa de Nova York, após recuo de quase 1% apenas nesta sexta-feira (07). Em Londres, o dia também foi de recuo para os preços. A atenção para as origens pressiona as cotações.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,77%, cotado a US$ 18,05 c/lb, com máxima de 18,44 c/lb e mínima de 17,99 c/lb. Em Londres, o primeiro vencimento recuou 0,06%, negociado a US$ 485,80 a tonelada.
Toda esta semana foi marcada por perdas nas bolsas externas do açúcar com o mercado acompanhando percepção mais positiva sobre o desenvolvimento das lavouras do Brasil da safra 2022/23, além da colheita que avança bem em origens da Ásia.
"Após o longo período seco, as chuvas nos últimos meses de 2021, na região canavieira, ainda que abaixo da normalidade, aliviaram parte do alto estresse que a cana vinha sofrendo", destacou em nota o Itaú BBA.
Ainda de acordo com a entidade, as chuvas no 1º semestre do ano são essenciais para o desenvolvimento da cana-de-açúcar.
"É importante ressaltar que mesmo com as precipitações recentes, a cana da safra 2022/23 ainda herdará os impactos do clima seco do ano passado", pontuou a consultoria agro do banco sobre o impacto climático na safra passada sobre a cana.
Além disso, segue atenção para a demanda pelo adoçante em meio avança da variante ômicron. O line-up de açúcar do Brasil caiu para 679,09 mil toneladas na semana até 15 de dezembro, sobre 723,14 mil t na semana anterior, segundo a agência marítima Williams.
"Ideias de demanda mais fraca ainda estavam no mercado com relatos de novos bloqueios na Europa enquanto o Covid voltava para lá. Algumas lojas e restaurantes estão fechando nos EUA", disse Jack Scoville, vice-presidente da Price Futures Group.
No financeiro, o mercado também acompanhou no dias as perdas moderadas a expressivas do petróleo no internacional. Apesar disso, o dólar virou e passou a cair sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações e dá suporte aos preços.
MERCADO INTERNO
O mercado do açúcar segue acima dos R$ 150 a saca, apesar de quedas pontuais ao longo dos últimos dias. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, caiu 0,08%, negociado a R$ 153,24 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 150,63 a saca - estável, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 18,87 c/lb com queda de 0,82%.
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