Arroba do boi segue firme, com escalas curtas nos frigoríficos e pecuaristas pedindo R$350

Publicado em 05/01/2022 12:41 e atualizado em 05/01/2022 16:28
Caio Toledo Godoy - Consultor em Gerenciamento de Riscos da StoneX
Exportações de carne bovina seguem como ponto positivo na precificação da arroba do boi

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Entrevista com Caio Toledo Godoy - Consultor em Gerenciamento de Riscos da StoneX sobre o Mercado do Boi Gordo

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Com as programações de abate curtas, os preços da arroba seguem firmes ao longo desta semana e os pecuaristas estão pedindo valores de R$ 350,00/@ para fechar as negociações. Por outro lado, o mercado segue acompanhando como será o comportamento da demanda no mercado interno e como serão as compras por parte da China por carne bovina. 

De acordo com o Consultor em Gerenciamento de Riscos da StoneX, Caio Toledo Godoy, o mercado pecuário está iniciando o ano com preços valorizados diante da oferta restrita de animais. “Ainda é muito cedo para afirmar que os preços da arroba vão seguir sustentados em janeiro, porém estamos observando frigoríficos com as escalas curtas e acompanhando como será o comportamento da demanda nos primeiros meses de 2022”, informou. 

O consultor ainda apontou que o baixo escoamento no mercado interno ao longo de janeiro pode interromper o movimento de alta da arroba. “Ainda temos um problema macroeconômico no Brasil em que temos uma alta taxa de desemprego e inflação elevada e somado a um período de contas para pagar deve dificultar o consumo de proteína no mercado interno”, relatou. 

Outro fator que os pecuaristas precisam ficar atentos neste ano é com a disponibilidade de grãos para a alimentação animal. Com a seca no sul do país e fortes chuvas no norte, pode afetar a oferta do cereal e os preços registrarem novas altas e comprometer os custos de produção do confinamento no segundo semestre de 2022. 

“A relação de troca entre o boi gordo e o milho no Mato Grosso está em patamares bem interessantes, mas os produtores precisam aproveitar esses melhores momentos para negociar. Por isso, os pecuaristas também precisam ficar ligados no mercado financeiro e se protegerem contra imprevistos”, destacou. 

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Por:
Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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