Milho sobe 4% na B3 e volta aos R$ 97,00 nesta terça-feira
A terça-feira (04) chega ao fim com os preços futuros do milho se sustentando no campo positivo na Bolsa Brasileira (B3) pelo segundo dia consecutivo na semana e no ano de 2022.
O vencimento janeiro/22 foi cotado à R$ 93,95 com ganho de 3,05%, o março/22 valeu R$ 97,30 com alta de 2,86%, o maio/22 foi negociado por R$ 93,00 com valorização de 4,03% e o julho/22 teve valor de R$ 90,30 com elevação de 2,96%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado é favorável e indica que será ume excelente ano para safrinha, mas vai haver aperto já que os problemas de desenvolvimento da primeira safra podem interferir também na segunda safra do cereal. Isso porque, as empresas sementeiras estavam preparadas para colher uma safra melhor agora no verão e podem ter menos sementes disponíveis para comercializar.
“As grandes sementeiras do Rio Grande do Sul apontam que estão com 20 30% a menos de produtividade no milho irrigado que está saindo dos campos agora para ser semente da safrinha e isso pode limitar para quem deixou para a última hora conseguir essa semente”, diz Brandalizze.
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No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também registrou elevações neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias agrícolas não encontrou desvalorizações em nenhuma das praças, mas percebeu valorizações em Não-Me-Toque/RS, Ponta Grossa/PR, Castro/PR, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Brasília/DF, Itapetininga/SP e Campinas/SP.
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o mercado físico do milho ganhou alguma firmeza no início desta semana com os consumidores mais ativos. Por outro lado, as ofertas de venda continuam calmas, o que tem gerado alguma marcação de preços acima das referências no interior paulista”.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também contabilizou movimentações altistas para os preços internacionais do milho futuro nesta terça-feira, se recuperando nas quedas registradas na segunda-feira.
O vencimento março/22 foi cotado à US$ 6,09 com valorização de 20,25 pontos, o maio/22 valeu US$ 6,09 com alta de 18,50 pontos, o julho/22 foi negociado por US$ 6,06 com ganho de 16,75 pontos e o setembro/22 teve valor de US$ 5,72 com elevação de 10,00 pontos.
Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última segunda-feira (03), de 3,40% para o março/22, de 3,05% para o maio/22, de 2,89% para o julho/22 e de 1,78% para o setembro/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho em Chicago subiram na terça-feira, devido ao clima seco em partes da América do Sul, que pode prejudicar os rendimentos nos mercados de exportação rivais.
“As previsões do tempo voltaram a ficar quentes e secas na Argentina e no sul do Brasil, após chuvas benéficas na semana passada, enquanto a colheita antecipada no norte do Brasil foi desacelerada pela precipitação”, destaca Christopher Walljasper da Reuters Chicago.
O analista de mercado da Risk Management Commodities, John Zanker, disse que “Se essa previsão for quebrada e eles colocarem chuvas no sul do Brasil e na Argentina, podemos ter uma queda muito boa”.
As previsões de safra de milho e soja do Brasil foram reduzidas na segunda-feira pela consultoria StoneX, com a safra de soja do país reduzida para 134,0 milhões de toneladas, de 145,1 milhões em dezembro, e sua safra de milho caiu para 117,5 milhões de toneladas, de 120,1 milhões em dezembro.
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