Soja fecha 1ª sessão de 2022 em alta em Chicago mantendo foco sobre clima adverso na AMS
O mercado da soja na Bolsa de Chicago começou 2022 com boas altas sendo registradas na Bolsa de Chicago. Na sessão desta segunda-feira (3), os futuros da oleaginosa terminaram o dia com ganhos de 15,25 a 16,25 pontos nos principais contratos, levando o janeiro aos US$ 13,44 e o maio aos US$ 13,65 por bushel.
Os preços continuam refletindo a preocupação do mercado com o clima na América do Sul - ainda muito desfavorável para boa parte das regiões produtoras de soja do Sul do continente - e com as perdas que começam a se acumular no campo.
Segundo as informações do Inmet (Insituto Nacional de Meteorologia) levantadas pelo Notícias Agrícolas nesta segunda-feira mostram que os estados de Mato Grosso do Sul e Paraná estão saindo do momento mais crítico da estiagem, porém, ainda com algumas regiões de ambos precisando de bons volumes de chuvas.
Por outro lado, como explicou o meteorologista Francisco de Assis Diniz, do Inmet, tanto Rio Grande do Sul, quanto Santa Catarina seguem registrando poucas precipitações pelo menos até meados deste mês.
Todavia, nesta segunda-feira, o Deral (Departamento de Economia Rural do GOverno do Estado do Paraná) trouxe um corte em sua estimativa para a produção de soja do estado de 21 milhões de toneladas das projeções iniciais para 13,1 milhões. Em dezembro, o número já havia sido corrigido para 18,4 milhões.
“É difícil recuperar as perdas das áreas onde está em estágio de frutificação. Mudar para cima (a estimativa) não vai, é muito difícil. Para baixo, é possível”, afirmou Salatiel Turra, chefe do Deral à Reuters.
O governador do Paraná, Ratinho Júnior, já decretou estado de emergência por conta da estiagem e nesta terça-feira (4) deverá ser a vez do estado de Mato Grosso do Sul.
A StoneX também mexeu em seus números e agora estima a produção brasileira de soja em 134 milhões de toneladas, contra 145 milhões de sua projção anterior.
Além do grão, os futuros do farelo de soja - com os traders focados nos problemas enfrentados, principalmente, pela Argentina - também subiram agressivamente e terminaram o dia subindo mais de 3%, levando o março a US$ 411,90 por tonelada curta.
Afinal, é da Argentina que partem mais de 40% das exportações globais do derivado. E além de problemas com clima prejudicando a safra 2021/22 - que já está com seu plantio atrasado, segundo especialistas - o país deverá concluir a temporada com sua menor área cultivada com a oleaginosa em 16 anos.
PREÇOS NO BRASIL
Apesar das altas em Chicago e do avanço do dólar frente ao real, a semana e o ano começam com ganhos tímidos para os preços da soja no mercado brasileiro e sem se mostrarem de forma generalizada.
Nos portos, as altas foram de 0,57% a 0,61%, e assim, as referências encerraram a segunda-feira com R$ 178,00 por saca no disponível no terminal de Paranaguá e R$ 177,00 em Rio Grande. Para a safra nova, R$ 177,00 no porto paranaense e R$ 176,00 no gaúcho.
0 comentário

Com prêmios renovando a máxima e dólar em queda, preços da soja ao produtor pouco mudam no BR em semana fraca de negócios

Vendas de soja do Brasil atingem 64% da safra 2024/25, aponta Safras

Famato alerta produtores para início do vazio sanitário no próximo domingo

Famato alerta produtores para início do banheiro sanitário no próximo domingo

Soja realiza lucros em Chicago nesta 6ª após ganhos da sessão anterior e segue se ajustando antes do USDA

Soja fecha em alta na Bolsa de Chicago em 5ª feira de conversa entre Donald Trump e Xi Jinping