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Conab fecha safra 21 de café com 47,7 milhões de sacas: Destaque para aumento na produção do conilon e confirmação de quebra no arábica

Publicado em 17/12/2021 13:33 e atualizado em 17/12/2021 15:25
Candice Santos - Superintendente de Informações da Agropecuária da Conab
Produção de conilon chega a 16,29 milhões de sacas, que representa incremento de 13,8% em relação ao ciclo anterior; Já o arábica, teve produção de 32,40 milhões de sacas, o que significa queda de 35,5% em relação ao ano de 2020

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Entrevista com Candice Santos - Superintendente de Informações da Agropecuária da Conab sobre o Produção de conilon na safra 2021

Os agricultores de café conilon irão colher a maior safra da série histórica neste ano, com uma produção próxima a 16,29 milhões de sacas de 60 quilos. O resultado representa um incremento de 13,8% em relação ao obtido em 2020, e supera em 1,14 milhão de sacas a produção registrada na safra de 2019 – o melhor desempenho até então registrado. Os dados estão no 4º e último levantamento do produto, divulgado nesta quinta-feira (16) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

No sentido contrário, as lavouras de café arábica apresentaram um desempenho inferior ao registrado na safra passada. Segundo o boletim da Conab, a produção desta variedade chega a 31,42 milhões de sacas, redução de 35,5% quando comparada com o ano passado. Com isso, o volume total de café produzido no país está estimado em 47,72 milhões de sacas, uma diminuição de 24,4% em comparação ao resultado apresentado na safra anterior.

A menor colheita já era esperada, devido aos efeitos fisiológicos da bienalidade negativa, observados em diversas regiões produtoras neste ciclo. Além disso, as condições climáticas adversas de seca em muitas localidades, influenciaram diretamente nas lavouras, tanto para a redução do rendimento médio como para a diminuição da área em produção. As geadas registradas nos meses de junho e julho, embora com pouca interferência nesta safra, também impactaram as lavouras em produção e em formação.

“Apesar da queda registrada, esta é uma boa safra sendo o terceiro maior volume produzido para um período de bienalidade negativa – ficando atrás apenas das colheitas registradas em 2013 e 2019. Ainda assim, a menor produção no país reflete no cenário internacional e corresponde ao principal motivo da diminuição da produção global no ciclo 2021/22 uma vez que o Brasil segue como o maior produtor mundial do grão”, destaca o presidente da Companhia, Guilherme Ribeiro.

Produção nos estados – Minas Gerais segue como o principal produtor de café no país. Com a maior parte do cultivo sendo destinada ao tipo arábica (mais influenciado pelos efeitos da bienalidade), a produção registra uma queda de 36,3% em comparação ao volume total colhido na safra anterior, chegando a 21,86 milhões de sacas.

Já no Espírito Santo, principal estado para o conilon, a produção está estimada em 11,22 milhões de sacas, incremento de 22,1% em relação ao ciclo anterior. Destaque também para Mato Grosso, onde os agricultores destinaram uma maior área para o cultivo da cultura. Combinada com uma melhora na produtividade, a colheita no estado está acima de 194 mil sacas de conilon, aumento de 23,6% em relação à safra anterior.

Mercado – Neste ano, o Brasil exportou cerca de 38,4 milhões de sacas de café de 60 quilos no acumulado de janeiro a novembro. O volume é pouco menor do que o registrado no mesmo período do ano passado (recuo de 2,2%), porém 15,3% acima da média dos cinco anos anteriores.

“O patamar elevado de exportação já era previsto em razão da conjuntura do mercado, com forte valorização do café no exterior e enfraquecimento do real em relação ao dólar em 2021”, reforça o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Sergio De Zen.

Em valores, as vendas do café para o mercado internacional no acumulado dos onze primeiros meses de 2021 atingiram cerca de US$ 5,6 bilhões, valor que representa um crescimento de 13% na comparação com igual período do ano passado e que já supera todo o ano de 2020. Apesar do recuo dos volumes exportados no período, a alta dos preços do café no mercado internacional favoreceu o aumento dos valores de exportação do café.

 

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