Milho sobe nesta 2ªfeira com vendedor fora do mercado e dólar impulsionando a B3
A segunda-feira (06) chega ao final com os preços futuros do milho ganhando força e se sustentando no campo positivo na Bolsa Brasileira (B3).
O vencimento janeiro/22 foi cotado à R$ 94,71 com elevação de 1,46%, o março/22 valeu R$ 95,10 com valorização de 1,64%, o maio/22 foi negociado por R$ 89,86 com ganho de 1,33% e o julho/22 teve valor de R$ 85,35 com alta de 0,71%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 está com uma pequena alta porque, neste momento, diminuiu um pouco a oferta de milho no mercado interno com os produtores deixando para vender em janeiro em função do faturamento de ano fiscal.
“Ele joga para outro ano fiscal e acaba equalizando as condições fiscais do produtor e isso dá pressão de alta para a B3”, diz.
Brandalizze explica ainda que, o dólar em alta ante do real também atua para elevar as cotações do cereal e dá condições para o porto pagar um pouco mais, mesmo com quedas na Bolsa de Chicago.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho se movimentou pouco, mas teve mais altas do que baixas nesta segunda-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações apenas em Brasília/DF, enquanto as valorizações estiveram presentes em Não-Me-Toque/RS, Palma Sola/SC, Dourados/MS, São Gabriel do Oeste/MS e Itapetininga/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
De acordo com a análise da Agrifatto Consultoria, “a saca do milho em Campinas/SP avança para R$87,00/sc com as preocupações de quebra de safra no sul do país levando o mercado doméstico e a exportação às compras”.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que “os preços do milho continuam em alta no mercado doméstico, influenciados pela retração de vendedores, que estão atentos ao clima seco em regiões produtoras da safra de verão. Boa parte dos compradores, por sua vez, indica ter estoques para o curto prazo”.
De 26 de novembro a 3 de dezembro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) subiu 3,75%, fechando a R$ 86,86/saca de 60 kg na sexta-feira, 3.
“Dentre os vendedores e demandantes ativos, observa-se disputa acirrada entre os valores de negociação, o que mantém baixa a liquidez no spot nacional”, dizem os técnicos do Cepea.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) permaneceu durante toda a segunda-feira do lado negativo para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento dezembro/21 era cotado à US$ 5,83 com desvalorização de 2,50 pontos, o março/22 valeu US$ 5,83 com perda de 0,50 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 5,86 com queda de 0,25 pontos e o julho/22 teve valor de US$ 5,85 com ganho de 0,25 pontos.
Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (03), de 0,51% para o dezembro/21 e de 0,17% para o março/22, além de estabilidade para o maio/22 e para o julho/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho nos Estados Unidos caíram na segunda-feira em um revés técnico, já que as preocupações com a disseminação da variante do coronavírus Ômicron fez com que os investidores corressem alguns riscos fora do mercado.
Os dados da Commodity Futures Trading Commission divulgados na tarde de sexta-feira, que mostraram que grandes especuladores cortaram seus longos líquidos nas commodities e aumentaram a pressão. Alguma realização de lucros também foi observada após a recuperação de grãos e oleaginosas na sexta-feira.
“Estamos inclinados para baixo depois da força que vimos na semana passada. Vimos que os fundos saíram de uma boa parte de suas posições”, disse Ted Seifried, estrategista-chefe de agricultura do Grupo Zaner em Chicago.
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