Soja sobe em Chicago com clima no Sul do BR e Argentina preocupando com falta de chuvas
A sexta-feira (3) é boas altas para os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa, por volta de 9h40 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 11,25 e 11,50 pontos, com o janeiro sendo cotado a US$ 12,55 e o maio a US$ 12,68 por bushel.
O mercado passou a dar mais espaço ao clima na América do Sul e os alertas que o La Niña traz para o sul do Brasil e para a Argentina. E assim, como explicam os analistas da Agrinvest Commodities, com mais estas altas a oleaginosa caminha para terminar a semana distante das mínimas que foram registradas nestes últimos dias.
"Nessa semana vimos um revezamento entre a alta do óleo e do farelo de soja. O clima na América do Sul entrou no radar do mercado. Para os próximos 10 dias não há chuvas para boa parte do Sul da América do Sul, região que responde por mais de 55 milhões de toneladas de soja", diz a nota da consultoria.
No boletim do Commodity Weather Group (CWG), o destaque é o estresse hídrico esperado para algo entre 20% e 25% das áreas de soja e milho do sul brasileiro, com as preocupações podendo se estender para o período dos próximos 16 a 30 dias.
Os mapas dos próximos períodos mostram as chuvas abaixo da média em boa parte de importantes regiões produtoras, como mostram as imagens a seguir também do CWG.
"As chuvas das próximas duas semanas deverão favorecer mais o norte do Brasil", diz o instituto meteorológico. Nesta próxima semanas os mapas mostram alguns volumes chegando a partes do centro do Brasil, entre domingo (5) e terça-feira (7)".
Para a Argentina, até o final da semana alguns volumes deverão ser registrados até o fim de semana, principalmente, no oeste e sul do país, enquanto os próximos 6 a 10 dias deverão também acontecer chuvas pontuais.
DEMANDA
Se do lado do clima o mercado encontra espaço para as altas, do lado da demanda ainda poderá haver pressão. A China segue buscando soja do Brasil em detrimento da norte-americano e o movimento pesa sobre Chicago. E a nação asiática vem buscando tanto produto 2020/21, como 2021/22, segundo explicam analistas e consultores de mercado.
"A forte concorrência da soja brasileira encurtará o tamanho do programa de exportação americano", explica a Agrinvest.
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