Após dia de bastante volatilidade e queda das commodities, café arábica encerra com ajustes técnicos
Depois de um dia marcado por bastante volatilidade, o mercado futuro do café arábica encerrou o pregão desta terça-feira (30) com ajustes técnicos para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). O mercado chegou a operar com valorização, depois recuou com novos temores à variante ômicron e também com as novas projeções do Rabobank, mas encerrou com ajustes.
Março/22 teve queda de 70 pontos, valendo 232,30 cents/lbp, maio/22 registrou queda de 65 pontos, valendo 231,65 cents/lbp, julho/22 teve queda de 65 pontos, negociado por 230,95 cents/lbp e setembro/22 teve queda de 60 pontos, valendo 230,25 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon teve um dia de estabilidade. Março/22 teve alta de US$ 3 por tonelada, valendo US$ 2200, maio/22 registrou alta de US$ 4 por tonelada, valendo US$ 2174, julho/22 registrou valorização de US$ 4 por tonelada, negociado por US$ 2173 e setembro/22 teve alta de US$ 2172.
De acordo com análise do site internacional Barchart, o Rabobank projetou que o mercado global de café de 2022/23 pode ter uma superávit de 3,3 milhões de sacas, se recuperando de um déficit de -5,20 milhões de sacas em 2021/22. "O Rabobank também estima que a produção global de café em 2022/23 subirá 8,2% aa para 177,1 milhões de sacas", destacou a publicação.
No Brasil, o setor cafeeiro segue sinalizando cenário para preços firmes no mercado futuro. Produtores aguardam pelo primeiro trimestre do ano que vem para entender o real impacto na produção da safra 22. Depois da seca prolongada e três geadas, as estimativas de produção ainda são incertas para o maior produtor e exportador de café do mundo. Com o retorno das chuvas, a florada abriu nas principais áreas de produção de café arábica, mas as lavouras não apresentam o cenário ideal para uma boa produção.
O dia é de perdas generalizadas. Segundo os analistas de mercado da Agrinvest Commodities, não só os componentes do complexo soja, mas também trigo e milho perderam sua média móvel de 50 dias, com forte pressão vinda do cenário macroeconômico. As recentes declarações dos representantes da farmacêutica Moderna intensificaram a aversão ao risco ao trazerem ainda mais incertezas sobre a eficácia das vacinas para a variante ômicron. + Pressão da ômicron promove novo dia de perdas generalizadas nas commodities; atenção ao óleo
No Brasil, o mercado interno teve um dia de estabilidade nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 0,68% em Poços de Caldas/NMG negociado por R$ 1.470,00, Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 1.420,00, Patrocínio/MG manteve a negociação por R$ 1.440,00, Araguarí/MG manteve por R$ 1.400,00, Varginha/MG por R$ 1.480,00 e Franca/SP por R$ 1.440,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 0,65% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 1.560,00, Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 1.523,00, Patrocínio/MG manteve por R$ 1.490,00, Varginha/MG por R$ 1.530,00 e Campos Gerais/MG manteve por R$ 1.487,00.
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