Milho tenta se recuperar na B3 nesta 6ªfeira, mas acumula desvalorizações na semana
A sexta-feira (12) chega ao final com os preços futuros do milho operando em campo misto na Bolsa Brasileira (B3), mas registrando algumas recuperações após as últimas quedas.
O vencimento novembro/21 foi cotado à R$ 83,38 com perda de 0,81%, o janeiro/22 valeu R$ 85,90 com elevação de 1,42%, o março/22 foi negociado por R$ 86,25 com alta de 1,48% e o maio/22 tinha valor de R$ 82,62 com ganho de 1,18%.
Na comparação semanal, os futuros do cereal brasileiro acumularam desvalorizações de 4,28% para o novembro/21, de 1,58% para o janeiro/22, de 1,77% para o março/22 e de 1,17% para o maio/22, com relação ao fechamento da última sexta-feira (05).
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado brasileiro segue com muita oferta e pouca demanda, já que as grandes indústrias de ração estão parando e ninguém quer comprar milho.
“Talvez na semana que vem, depois do feriado, alguma coisa rode de novos negócios junto aos granjeiros, mas não tem demanda. O mercado está tranquilo e em calmaria neste momento”, aponta Brandalizze.
A expectativa do Rabobank é um crescimento de área cultivada no Brasil saltando a produção das 87 milhões de toneladas de 2021 (em meio à muitas dificuldades climáticas) para 116 milhões de toneladas e preços mais pressionados, se distanciando dos recordes acima de R$ 100,00 a saca observados em 2021.
>> Rabobank espera preços da soja e do milho mais pressionados em 2022, mas ainda em patamares elevados
“Isso pode trazer uma pressão sobre os preços quando a gente já tiver uma safra consolidada, principalmente no início da colheita do milho safrinha em 2022”, afirma Marcela Marini, analista de grãos e oleaginosas do Rabobank Brasil.
A analista também destaca que para o ano que vem é esperado que as exportações brasileiras de milho retornem aos patamares considerados normais, assim como no ciclo 2019, ficando próximos das 40 milhões de toneladas.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também tiveram algumas altas, mas registraram mais perdas. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações em Jataí/GO e Rio Verde/GO. Já as desvalorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Palma Sola/SC, Maracaju/MS, Campo Grande/MS, Cândido Mota/SP, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com a consultoria SAFRAS & Mercado destaca que os produtores estão ofertando mais produtos no mercado neste momento para poder adquirir os insumos necessários ao cultivo da segunda safra do próximo ano e liberar espaços nos estoques para receber a nova safra de soja.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou as atividades desta sexta-feira acumulando altas para os preços internacionais do milho futuro, que também contabilizaram elevações na comparação semanal.
O vencimento dezembro/21 foi cotado à US$ 5,77 com valorização de 7,75 pontos, o março/22 valeu US$ 5,85 com alta de 7,00 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 5,88 com ganho de 6,50 pontos e o julho/22 teve valor de US$ 5,88 com elevação de 5,50 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quinta-feira (11), de 1,41% para o dezembro/21, de 1,21% para o março/22, de 1,03% para o maio/22 e de 0,86% para o julho/22.
Na comparação semanal, os futuros do cereal norte-americano acumularam valorizações de 4,34% para o dezembro/21, de 4,09% para o março/22, de 3,70% para o maio/22 e de 3,52% para o julho/22, com relação ao fechamento da última sexta-feira (05).
“Os fundos foram compradores ativos durante toda a sessão. Houve rumores de compra da China na cava de soja e milho na Ucrânia, que foram chutados nas últimas duas sessões. Problemas e interrupções na cadeia de suprimentos estão por toda parte em todos os setores, criando um boato de racionamento de farinha de soja e isso assustou os mercados também”, disse PJ Quaid, corretor da RJ O'Brien.
Ainda nesta sexta-feira, os exportadores privados relataram ao USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) vendas de 1,06 milhão de toneladas de milho, contra as expectativas do comércio de 700.000 a 1,40 milhão.
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