Crescimento na exportação de frango brasileiro deve acompanhar o avanço da produção da proteína em 2022, aponta Rabobank
Segundo dados divulgados em coletiva concedida nesta quarta-feira pelo Rabobank detalhando as perspectivas para o agro brasileiro em 2022, a expectativa para a exportação de carne de frango brasileira é positiva, mas merece atenção em alguns pontos.
A projeção é de um avanço de 1,5% nos embarques para o ano que vem, chegando a 4,4 milhões de toneladas embarcadas. O analista do setor de proteínas animais do banco, Wagner Yanaguizawa, aponta que deve haver mudanças no cenário das parcerias comerciais em relação a 2021.
Um dos exemplos é a exportação da proteína brasileira para o México que tem a tendência de diminuição, na expectativa de que a mão-de-obra nos frigoríficos dos Estados Unidos seja retomada e o país latino volte a importar dos norte-americanos. "No mercado externo, a manutenção do ritmo de reabertura econômica e câmbio ainda mais favorável devem manter positivas as demandas pela carne de frango brasileira", informou o relatório do banco.
A produção da carne de frango no Brasil também deve aumentar 1,5% conforme aponta o Rabobank, mas os altos custos com alimentação das aves podem limitar os volumes. "Com relação ao mercado doméstico, a carne de frango tem a sido a proteína animal mais beneficiada em termos de consumo, diante do cenário de reabertura econômica e recuperação do poder de compra. Diferente do que ocorreu com a carne suína, que encontrou desafios para transferir os aumentos de custos e o aumento de produção, a carne de frango tem seguido ritmo de valorização praticamente desde o início do ano, registrando a segunda queda mensal nos preços em outubro (após a queda de abril), refletindo os bons níveis de demanda interna", informou o reporte do Rabobank.
Os custos de produção para a avicultura, principalmente da ração, assim como na produção suína, devem continuar impactando as margens do setor, porém com menor intensidade, já que as expectativas de novos aumentos de área de grãos plantada e produtividade devem reduzir os preços médios comercializados com relação a este ano, conforme análise do banco.
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