Dólar fecha em alta de 0,35%, a R$5,5417 na venda

Publicado em 08/11/2021 17:31

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Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) -O dólar avançou frente ao real nesta segunda-feira, embora tenha fechado o pregão longe das máximas do dia, com investidores dividindo atenções entre as incertezas em torno da PEC dos Precatórios e a agenda de indicadores econômicos norte-americanos desta semana.

O dólar à vista teve alta de 0,35%, a 5,5417 reais na venda, depois de oscilar entre 5,5981 na máxima (+1,37%) e 5,5335 na mínima do dia (+0,20%).

Na B3, onde os negócios continuam depois das 17h (de Brasília), o dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,09%, a 5,5650 reais.

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu na sexta-feira suspender a execução orçamentária das emendas de relator, instrumento de distribuição de recursos conhecido como "orçamento secreto" diante da dificuldade de rastrear os beneficiários dos repasses.

A decisão de Weber é vista por participantes do mercado como um atraso às negociações para a votação na terça-feira do segundo turno da proposta de emenda à Constituição (PEC) que altera as regras de pagamento dos precatórios. A proposta é encarada como prioritária pelo governo por permitir a abertura de espaço fiscal para financiamento do Auxílio Brasil no valor mínimo de 400 reais por família no ano eleitoral de 2022.

Após o fechamento dos mercados nesta segunda-feira, o presidente da Câmara, Arthur Lira, pediu que o STF revogue a decisão de Weber. O plenário do Supremo Tribunal Federal irá avaliar a medida da ministra em sessão extraordinária virtual entre terça e quarta-feira.

"No mercado local, as incertezas sobre a evolução da PEC dos precatórios seguem pesando sobre a maioria dos ativos", escreveram analistas do Bradesco em nota desta segunda-feira.

Além do noticiário doméstico, o banco chamou a atenção para a agenda internacional de dados econômicos, com a divulgação nesta semana de dados de inflação norte-americanos.

A leitura virá após o anúncio do Federal Reserve, feito na semana passada, de que vai começar a reduzir suas compras mensais de títulos, embora siga mostrando paciência em relação a aumentos de juros. A manutenção de custos de empréstimos baixos nos Estados Unidos é vista por especialistas como favorável a moedas de mercados emergentes.

"Enquanto a mensagem enviada pelo Fed na semana passada ainda foi de paciência com relação à alta de juros, as pressões de salários tornam os dados de inflação desta semana ainda mais importantes", disse o Bradesco.

Nesta tarde, o índice do dólar contra uma cesta de moedas fortes tinha queda de 0,15%, a 94,089. Participantes do mercado citaram a fraqueza da moeda norte-americana no exterior como fator que ajudou o dólar a encerrar a segunda-feira longe das máximas do dia frente ao real.

(Edição de Isabel Versiani)

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Fonte:
Reuters

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