China compra mais soja do BR para embarques dezembro e janeiro e aumenta pressão sobre a CBOT
O mercado da soja opera com baixas fortes no início da tarde desta quinta-feira (4) na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa perdiam entre 22 e 25 pontos nos principais vencimentos, por volta de 13h30 (horário de Brasília), levando o novembro a US$ 12,08 e o maio a US$ 12,40 por bushel. Segundo explica Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest, a pressão ainda vem da concorrência apertada entre Brasil e EUA pela demanda chinesa.
As notícias são de que o Brasil segue fazendo novas vendas de soja para a nação asiática, com negócios tendo sido registrados ontem e hoje, para embarques dezembro e janeiro, e mais barata do que o produto dos EUA. A diferença está nos prêmios e também na maior qualidade da soja brasileira, tornando-se mais atrativa ainda para os importadores.
"O Brasil já vem ganhando cada vez mais espaço dos EUA", explica Vanin. O gráfico abaixo, da Agrinvest, mostra quanta soja os chineses têm em seu nome no mercado norte-americano, volume bem menor do do que no mesmo período do ano passado.
São menos de 20 milhões de toneladas (linha rosa) em nome dos compradores chineses no mercado norte-americano nesta temporada, contra mais de 31 milhões (linha preta) na comparação anual.

Ao lado da concorrência, pesa ainda sobre o mercado fundamentos já conhecidoss pelos traders.
De um lado, o plantio no Brasil acontecendo em ritmo recorde e com cenário climático favorecendo os trabalhos de campo. De outro, a colheita americana se concluindo bem e com índices de produtividade acima do esperado, podendo inclusive levar o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) a elevar sua estimativa de safra no próximo boletim mensal de oferta e demanda.
E também segundo os analistas de mercado da Agrinvest, a perda da média móvel de 21 dias no contrato janeiro também contribui para a intensificação das baixas. "Graficamente, o suporte está nos US$ 12,03, patamar testado em 13 de outubro".
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