Petróleo e câmbio dão suporte para altas de mais de 1% do açúcar em NY
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira (25) com altas de mais de 1% na Bolsa de Nova York e também com valorização expressiva em Londres. A sessão foi marcada por suporte do petróleo e câmbio, além de ajustes.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova subiu 1,62%, negociado a US$ 19,39 c/lb, com máxima de 19,44 c/lb e mínima de 18,98 c/lb. Já em Londres, o tipo branco teve valorização de 0,96%, a US$ 505,40 a tonelada.
O financeiro neste início de semana deu suporte para as cotações do adoçante nos terminais externos. Durante a tarde, o petróleo tinha altas leves a moderadas. Além disso, o dólar perdia forças, o que tende a impactar as exportações.
Um óleo mais alto dá suporte para os preços da gasolina, favorecendo uma maior competitividade ao etanol. Com isso, as usinas tendem a maximizar a produção do biocombustível em detrimento ao adoçante, reduzindo sua oferta no cenário global.
![Um trator ao lado de uma plantação de cana de açúcar em Flórida, em Cuba](https://cdn.noticiasagricolas.com.br/dbimagens/thumbs/800x2000/58b541972d5932850e9e6292ea0c67f8.jpg)
Também tem algum suporte no mercado com ajuste de posições, corrigindo exageros ante as baixas recentes que acompanhavam a ocorrência de chuvas em áreas produtoras do Brasil, dando algum alívio para a safra 2022/23.
"Está chovendo no Centro-Sul do Brasil, o que será bom para as próximas safras", destacou em nota o analista da Price Futures Group, Jack Scoville.
Fabiana Amaro Traina, especialista em açúcar e etanol da Terra Investimentos, aponta algum otimismo exagerado nos últimos dias com as chuvas na principal região produtora do país. Além disso, há atenção para as origens asiáticas com a chegada da safra.
"Acho que ainda é prematuro fazer uma leitura com certeza de que a safra do ano que vem será ótima [mesmo com as chuvas recentes no Brasil]", disse Fabiana ao Notícias Agrícolas.
MERCADO INTERNO
No Brasil, a demanda está mais aquecida pelo açúcar e a oferta segue restrita no mercado paulista. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, saltou 0,39%, negociado a R$ 148,76 a saca de 50 kg.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou estável, negociado a R$ 137,94 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,16 c/lb - estabilidade.
ETANOL
O Indicador do etanol hidratado CEPEA/ESALQ - São Paulo teve valorização de 3,51% na última semana, a R$ 3,5495 o litro, enquanto que o anidro subiu 3,20%, a R$ 4,0652 o litro.