Soja em Chicago perde 20 pts nesta quinta-feira e tecnicamente pode recuar até os US$12,10/bushel para novembro
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Entrevista com Ginaldo de Sousa - Diretor Geral do Grupo Labhoro sobre o Fechamento de Mercado da Soja
O mercado futuro da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a sessão desta quinta-feira (21) com preços expressivamente mais baixos depois de altas consecutivas nos últimos dias. A pressão veio com movimento de realização de lucros, além de atenção para a falta da demanda chinesa.
O contrato de novembro/21 caiu 21,4 pontos, negociado a US$ 12,24 por bushel, com máxima de US$ 12,43 e mínima de US$ 12,22 por bushel. Já o maio/22, mais distante, recuou 20,2 pontos, valendo US$ 12,52 por bushel.
"Apesar de vendas semanais muito boas, mas em seguida, não houve vendas para a China e o mercado sentiu com isso e, naturalmente, resolveu fazer a tomada de lucros e fechou próximo a US$ 12,25 por bushel", disse em entrevista ao Notícias Agrícolas Ginaldo de Sousa, diretor geral da Labhoro.
As vendas semanais de soja dos EUA foram divulgadas nesta quinta com volume total de 2,88 milhões de toneladas e a China foi o principal destino da oleaginosa americana. O volume ficou acima do intervalo esperado pelo mercado de 1,50 milhão e 2,50 milhões de t.
Na visão do analista, agora, o mercado da oleaginosa na CBOT tem como objetivo o suporte de US$ 12,10 por bushel. "Na semana passada, o mercado era de alta, mas ele vai fazendo essas correções e se ajustando", apontou o analista de mercado. Os futuros da oleaginosa vinham de cinco sessões no azul.
"A safra americana com mais de 70% colhida na soja e o milho próximo a 60% não faz mais pressão de venda. O produtor americano não está mais vendendo... Por outro lado, na América do Sul, nós temos o Brasil com clima excelente e a Argentina com um clima ruim", pontua Sousa.
Para o analista, apesar da queda no dia, não significa que o mercado teve uma reversão de tendência.
MERCADO INTERNO
Apesar da queda expressiva para a soja na CBOT, o mercado brasileiro teve os preços compensados pela alta do dólar sobre o real, de quase 2%. "Hoje, soja no porto saiu hoje de manhã a R$ 156,00 a saca para pagamento em novembro. Então o produtor não teve grandes perdas ou problemas mais sérios porque o dólar compensou", destacou o analista da Labhoro sobre as movimentações internas da oleaginosa.
Em Não-Me-Toque (RS), o dia foi de estabilidade para a soja com a saca a R$ 160,00. Em Palma Sola (SC), a saca foi cotada a R$ 165,00 e, em São Gabriel do Oeste (MS), fechou a R$ 160,00. Já Ponta Grossa (PR), registrou estabilidade com a saca a R$ 170,00.
Nos portos, os indicativos estão em cerca de R$ 170,00 por saca no disponível e cerca de R$ 160,00 para 2022.
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