Em coletiva, Galvan considera arbitrária decisão de Alexandre de Moraes e afirma que busca reverter medida de restrição

Publicado em 26/08/2021 14:18 e atualizado em 26/08/2021 17:25

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"Se o objetivo era inibir ou coibir o movimento, o tiro saiu pela culatra. O ministro Alexandre de Moraes só fortaleceu", disse Antônio Galvan, presidente da Aprosoja Brasil, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (26) depois de seu depoimento à Polícia Federal na tarde desta quarta-feira (24). Galvan acredita que o números de manifestantes no dia 7 de setembro em Brasília pode ser triplicado depois dos mandados de busca e apreensão cumpridos no final da última semana autorizados pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). "Muitos que estavam indecisos agora já afirmam que estarão na capital federal para os protestos. 

O presidente da Aprosoja Brasil voltou a afirmar por ter sido "tolhido de sua liberdade" mesmo fazendo uma convocação pública para "movimentos a favor da garantia dos nossos direitos". Mesmo assim, "fui depor porque não devo nada, porque nada foi feito na ilegalidade". 

A liderança afirmou, no entanto, que ele e seus advogados nâo têm tido acesso completo ao inquérito instaurado contra ele por ser acusado de incitação à prática de atos violentos e ameaçadores contra o STF e a democracia. Ainda assim, afirma que os advogados entrarão com uma medida cautelar na tentativa de derrubar a restrição imposta a ele de chegar a mil metros da Praça dos Três Poderes no dia 7 de setembro. 

Questionado sobre atuar como financiador do Movimento Brasil Verde e Amarelo - que está organizando as manifestações do feriado - afirmou que jamais deu qualquer valor monetário ao movimento. "Nem eu como pessoa física e muito menos a Aprosoja Brasil", disse. "As arrecadações são espontâneas por parte dos produtores e de mais pessoas que querem ajudar a manifestação. Eu poderia colocar algum dinheiro do meu bolso, mas nunca foi preciso e eu já presto outro serviço. E isso também deixei claro no meu depoimento". 

Galvan ainda esclareceu que as arrecadações são feitas em estados e municípios, com cada líder organizando a ida dos produtores rurais à Brasília. 

STF X LIBERDADE

Ainda ao falar sobre o papel do Supremo Tribunal Federal, o presidente reafirmou que o que movimentos buscam é a garantia da liberdade, principalmente da liberdade de expressão e que não concorda com tudo o que disseram outros investigados, como o cantor Sérgio Reis. 

"Eu defendo o direito de ir, vir e falar. Mas a responsabilidade da fala é de responsabilidade de cada um. E tudo precisa ser feito respeitando a Constituição", afirmou durante a coletiva. E reforçou ainda que os produtores - e brasileiros de uma forma geral - que estão engajados na manifestação identificam-se com as pautas, principalmente a independência e harmonia entre os três poderes. 

Por conta de decisões consideradas arbitrárias, afirmou ainda que é a favor não só de Alexandre de Moraes, como de outros ministros também. 

Abaixo, veja a íntegra da decisão do minisitro:

 

APROSOJA BRASIL E ESTADUAIS

Galvan, por várias vezes, reforçou que há a necessidade da separação de sua imagem da Aprosoja Brasil em toda esta questão. "O investigado sou eu e não a associação", disse. 

Ainda assim, afirmou também que as unidades estaduais da Aprosoja têm apoiado as manifestações, principalmente, os seus associados mais do que a instituição em si. 

Ainda sobre a Aprosoja, aproveitou para dizer que as eleições na instituição de Mato Grosso acontecem com urnas eletrônicas, mais uma impressora para que o voto impresso seja também registrado, colocado em uma urna física e fique disponível para a conferência caso seja necessário. 

FUNRURAL

O dirigente da Aprosoja Brasil afirmou que o Movimento Brasil Verde e Amarelo foi criado em 2017, quando o STF declarou constitucional o débito dos produtores brasileiros com o Funrural. Apesar das recentes críticas e cobranças ao Supremo não serem a pauta principal dos protestos, esta é mais uma medida que tem que ser questionada. E disse ainda que espera por uma nova abertura das negociações sobre o tributo. 

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Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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