Milho tem leve alta na B3 refletindo mercado externo nesta 3ªfeira
A terça-feira (24) chega ao final com os preços futuros milho conseguindo sustentar movimentações altistas na Bolsa Brasileira (B3). Ontem, os contratos operaram boa parte do dia levemente positivos, mas perderam força e caíram no final do dia.
O vencimento setembro/21 foi cotado à R$ 95,29 com alta de 0,04%, o novembro/21 valeu R$ 96,46 com valorização de 0,56%, o janeiro/22 foi negociado por R$ 97,96 com ganho de 0,56% e o março/22 teve valor de R$ 97,71 com elevação de 0,23%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, a B3 reflete a pressão de alta que vem da Bolsa de Chicago, refletindo o mercado internacional, mas seguindo com poucos negócios aqui dentro.
“A corrida é de colheita, precisa colher rápido porque vem chuva no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul e, com vento, pode derrubar o milho que está pronto”, relata.
Brandalizze ainda destaca que os preços estão positivos e muitos produtores aproveitam para fazer caixa, mas os grandes compradores seguem fora do mercado.
Já os preços do milho no mercado físico brasileiro registraram altos e baixos nesta terça-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações em Brasília/DF, Dourados/MS, São Gabriel do Oeste/MS e Itapetininga/SP, e verificou desvalorizações em Ubiratã/PR, Cascavel/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Palma Sola/SC, Eldorado/MS, Amambai/MS e Campinas/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “os preços do milho no mercado físico tem recuado com a colheita da safrinha na reta final no Centro-Sul e os consumidores cautelosos em formar estoques nos atuais patamares”.
A análise da Agrifatto Consultoria acrescenta ainda que, “a pouca movimentação do mercado típica de início da semana por parte dos compradores mantém os preços da saca do milho negociada em Campinas/SP em R$ 99,00”.
Enquanto isso, o Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) constatou elevação no custo de produção para o milho de alta tecnologia da safra 2021/22, a sétima alta mensal consecutiva.
A elevação foi de 1,15% em relação ao custeio divulgado em junho, o que reflete em nova alta na relação de troca, uma vez que a valorização dos fertilizantes, atrelados a estabilidade do preço médio comercializado do milho, contribuiu para que o produtor mato-grossense precisasse usar mais sacas de milho para adquirir a tonelada do fertilizante.
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Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também se mantiveram sustentados na parte positiva da Bolsa de Chicago (CBOT) nesta terça-feira.
O vencimento setembro/21 foi cotado à US$ 5,44 com elevação de 6,50 pontos, o dezembro/21 valeu US$ 5,45 com valorização de 9,75 pontos, o março/22 foi negociado por US$ 5,52 com ganho de 9,00 pontos e o maio/22 teve valor de US$ 5,56 com alta de 8,75 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última segunda-feira (23), de 1,12% para o setembro/21, de 1,87% para o dezembro/21, de 1,66% para o março/22 e de 1,28% para o maio/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho subiram com a deterioração das condições da safra em todo o cinturão agrícola norte-americano, conforme mostrou o relatório divulgado no final da tarde de segunda-feira pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
“As condições da safra de milho caíram mais do que o esperado na semana passada, principalmente no leste do meio-oeste. A queda mais acentuada foi em Illinois, onde o índice de calor subiu acima de 37,8 ºC na terça e na quarta-feira”, relata Karl Plume da Reuters Chicago.
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