Soja volta a SUBIR forte, repondo as perdas.; a mira está assentada acima da resistência de US$13,50

Publicado em 24/08/2021 16:36 e atualizado em 24/08/2021 17:50
Tempo & Dinheiro
Edição do Tempo&Dinheiro desta 3a.feira, 24/agosto/21, com João Batista Olivi

Soja: Entre financeiro e fundamentos, há muitos sinais e oportunidades. Esteja atento!

Por Carla Mendes, do Notícias Agrícolas:

 

A volatilidade no mercado da soja continua e tende a se intensificar. O recente andamento das cotações prova esse movimento e reflete a interferência forte do quadro macroeconômico sobre o caminho trilhado não só pela oleaginosa, mas pelas commodities de uma forma geral.

Bem como os futuros da soja perderam 70 cents de dólar no contrato novembro na semana passada em função das notícias vindas do mercado financeiro, parte das altas de mais de 40 pontos registradas no pregão desta terça-feira (24) na Bolsa de Chicago se deve ao mesmo motivo. 

-- "O governo americano compra toda semana US$ 120 bilhões em ativos nas bolsas, então ele injeta (na economia) US$ 120 bilhões de dólares. E na semana passada, o mercado leu a ata (da última reunião do Federal Reserve) e entendeu que isso poderia ser diminuído e começou a assustar o mercado. Se ele diminui (o estímulo) agora, ele vai cortar os juros lá na frente...

...Vendo a ameaça, o mercado saiu de petróleo, saiu das commodities agrícolas, dos equities, as bolsas do mundo inteiro derreteram até que um dos presidentes regionais do banco central americano disse que talvez ainda não fosse momento dessa retirada e o mercado começa a reagir. Então, foi um movimento muito mais financeiro do que fundamentalista", explica Ênio Fernandes, consultor da Terra Agronegócios, em live no perfil Jornalista da Soja, no Instagram.

BOLSA EUA - Wall St avança e S&P 500 tem 50ª máxima recorde de fechamento no ano

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NOVA YORK (Reuters) - Os índices acionários de Wall Street avançaram em uma sessão de volume reduzido nesta terça-feira, à medida que a aprovação total concedida na véspera pela agência norte-americana FDA a uma vacina contra Covid-19 e a ausência de catalisadores negativos no mercado mantiveram o apetite por risco firme antes do aguardado simpósio de Jackson Hole no fim da semana.

De acordo com dados preliminares, o Dow Jones fechou em alta de 0,09%, a 35.367,90 pontos, enquanto o S&P 500 avançou 0,15%, a 4.486,27 pontos, e o Nasdaq apurou ganho de 0,52%, a 15.019,80 pontos.

Ibovespa fecha em alta de mais de 2% com exterior positivo

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira, puxado pelo desempenho positivo de mercados no exterior, particularmente de commodities como o minério de ferro, além de declarações buscando amenizar preocupações com o cenário fiscal no país.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 2,23%, a 120.096,03 pontos, maior alta desde fevereiro, de acordo com dados preliminares. O volume financeiro no pregão somava 27,3 bilhões de reais.

Dólar fecha em queda de 2,25%, a R$ 5,2613

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em firme queda nesta terça-feira, a mais intensa desde março e que levou a cotação ao menor valor em 11 dias, com o real liderando os ganhos nos mercados globais de câmbio em meio a uma combinação de alívio em temores fiscais domésticos, commodities em alta e realização de lucros após escalada recente da divisa norte-americana.

O dólar à vista caiu 2,25%, a 5,2613 reais na venda. A desvalorização é a mais forte desde 10 de março (-2,39%). O preço da moeda é o menor desde o último dia 13 (5,2461 reais).

Ao longo do pregão, o dólar variou de 5,3797 reais (-0,05%) a 5,2478 reais (-2,50%).

Guedes critica "negacionistas" da economia e diz que desempenho do país vai surpreender de novo

(Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, subiu o tom nesta segunda-feira ao rechaçar avaliações negativas sobre as perspectivas para a economia brasileira, afirmando que economistas e membros da mídia "negacionistas" estão ignorando os sinais de avanços e criando crises artificiais.

Ele destacou que dados como o de consumo de energia e de combustível sinalizam o vigor da atividade e que os fundamentos estão melhorando, inclusive do lado fiscal, em que apontou queda de despesas e a "explosão" da arrecadação, incluindo o número de julho que será divulgado nesta semana.

"É importante não nos deixarmos abater pelos pessimistas, não deixarmos nos abater pelos que estão politizando. Primeiro subiram em cadáveres para fazer política, agora que a vacinação em massa está avançando estão criando crises também, uma atrás da outra, só enfatizam o que está dando errado", disse durante evento virtual da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).

"Ora, não podemos ser negacionistas em matéria econômica. Se o Brasil está crescendo 5,5%, se os investimentos estão aumentando, alguma coisa certa deve estar acontecendo também."

Guedes disse que, depois de errarem ao prever que a economia cairia perto de 10% em 2020 e ao duvidarem da recuperação em V, os críticos também falharão ao estimar que a economia não crescerá no ano que vem.

"O Brasil vai mais uma vez desmentir as previsões dos pessimistas", disse, destacando que o país poderá crescer em 2022 em patamar semelhante ao deste ano.

Ele negou, ainda, que a inflação esteja descontrolada e ressaltou que os preços estão subindo no mundo todo. "A inflação americana vai ser 7% este ano. Então a nossa ser 7% ou 8% também, estamos dentro do jogo", disse, acrescentando que o Banco Central agirá para lidar com essa questão.

Guedes disse que atores políticos de todos os Poderes que tenham cometido excessos devem reavaliar suas posições e que o momento é de o país se unir em torno de uma agenda positiva centrada em reformas e vacinação.

"Se um juiz está cometendo excesso é melhor reavaliar. Se o próprio presidente, nessa ânsia também, nessa caçada que ele tem sofrido, tiver cometido algum excesso, é um homem democrata", afirmou.

O ministro elogiou, ainda, a atuação pró-reforma do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), mas questionou a posição do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que, segundo Guedes, se voltou à agenda política da CPI da Covid-19 em detrimento das reformas.

"Estão até lançando já o presidente do Senado como candidato (presidencial)", disse Guedes, acrescentando que considera o movimento "um pouco ante da hora".

"Se começarmos agora a aprovar Bolsa Família fora do teto, precatório fora do teto, vamos começar a aprovar um monte de coisa desse tipo, eu não sei o que vai acontecer, acho que o candidato já começaria com o pé trocado", disse, ressaltando que os candidatos à Presidência precisam ser comprometidos com as reformas.

Aras diz que STF tem de considerar tempo de ocupações e legislação da época sobre marco das terras indígenas

BRASÍLIA (Reuters) - O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou nesta terça-feira que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem de levar em consideração o tempo das ocupações e a legislação da época no julgamento previsto para começar na quarta sobre o marco temporal das terras indígenas.

"A minha percepção é que o marco temporal --conforme o leading case da Raposa Serra do Sol-- tem que levar em consideração o tempo das ocupações e a legislação da época", disse ele, durante sabatina para sua recondução na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

Segundo Aras, a análise do caso pelo Supremo será um momento importante ao citar que muitas comunidades indígenas não estão mais nas terras alvo de disputas. Ele disse que o STF poderá exigir a análise concreta de processos de demarcação caso a caso.

Shell torna-se 1ª petroleira privada do pré-sal a vender gás direto a distribuidoras

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A petroleira anglo-holandesa Shell assinará na tarde desta nesta terça-feira um contrato com a distribuidora pernambucana Copergás para o fornecimento de gás a partir de 2022, juntando-se à Petrobras como fornecedora do produto do pré-sal diretamente a uma concessionária.

O negócio prevê a entrega de 750 mil metros cúbicos por dia (m³/d) à companhia pernambucana em 2022 e 1 milhão de m³/d em 2023.

A informação foi publicada antes pelo jornal Valor Econômico nesta terça-feira e confirmada pela Shell à Reuters.

A Shell é uma das principais sócias da Petrobras do pré-sal e a segunda maior produtora de petróleo do Brasil.

Lira admite dificuldade mas defende aprovação de IR; diz que não haverá calote de precatórios

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara, Arthur Lira, afirmou nesta terça-feira que será necessário mudar a estratégia para aprovação das mudanças no Imposto de Renda e que o governo terá que entrar na negociação e abrir mão de arrecadação para que o projeto seja aprovado.

"Vamos mudar a estratégia, o governo vai entrar na discussão, inclusive abrindo mão de arrecadação. Ficou ratificado que uma convergência é necessária", disse Lira em um evento organizado pela XP Investimentos, onde admitiu que a proposta não irá a plenário esta semana.

O texto do relator Celso Sabino (PSDB-PA) já passou por várias alterações e, mesmo assim, não há consenso para levar o texto a votação. Lira admite que é "muito difícil" aprovar a proposta, mas diz que não é impossível.

O presidente da Câmara também aproveitou a fala para a agência de investidores para descartar que o Congresso vá aprovar medidas que vão contra a responsabilidade fiscal ou o calote no caso dos precatórios.

Lira garante que uma solução será encontrada dentro do teto de gastos, e criticou os movimentos recentes do mercado, com aumento dos juros futuros, valorização do dólar, por exemplo, motivados pelo risco percebido de que o governo de Jair Bolsonaro, auxiliado pelos parlamentares, pode abandonar a responsabilidade fiscal.

"Não houve e não haverá o mínimo sinal de que teremos um rompimento da responsabilidade fiscal", garantiu Lira. "O mercado precisa estar mais conectado com a realidade do que de fato acontece."

Lira garante que nunca ouviu da equipe econômica qualquer proposta para retirada do pagamento dos precatórios do teto de gastos, outra proposta difícil que a Câmara deve se concentrar essa semana para encontrar uma solução. Ao mesmo tempo, garantiu que não haverá calote das dívidas judiciais já vencidas.

"O Brasil não é uma república das bananas para dar calote", afirmou, mas ressaltou em seguida que há grandes interesses no pagamento dessas dívidas, com um forte lobby no Congresso.

"O que está por trás desses precatórios são interesses monstruosos de quem os adquiriu, que não são mais os agentes originários. Estão nas mãos de fundos privados de investimento, do mercado. Já estão precificados e foram comprados com deságio", disse.

A previsão de valores de precatórios explodiram para 2022, passando de 55 bilhões de reais este ano para 90 bilhões de reais. Essas obrigações irão comer boa parte dos recursos que a equipe econômica acreditava ter para gastos extras, como o aumento dos valores de programas sociais, em um ano eleitoral.

Para tentar resolver a questão e manter o espaço no Orçamento, o governo enviou uma PEC que autoriza a União a parcelar os pagamentos a partir de um determinado valor, mas a proposta não agrada a boa parte dos deputados.

Lira defende que é preciso buscar uma solução, dentro do teto.

"No que depender de nós, vamos trabalhar por uma saída responsável e negociada, com uma programação responsável de pagamento dos precatórios", afirmou.

BOLSA EUROPA - Ações fecham estáveis com temores por redução de estímulos pelo Fed e vírus

(Reuters) - As ações europeias fecharam estáveis nesta terça-feira, com os investidores evitando fazer grandes apostas antes de uma atualização sobre a política monetária norte-americana, mesmo com os dados delineando uma recuperação econômica mais forte do que o esperado na Alemanha.

O índice FTSEurofirst 300 terminou estável, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 0,02%, a 472 pontos, após uma venda generalizada na semana passada que derrubou o índice a patamares recordes.

Os setores vinculados às commodities continuaram superando o mercado em geral, uma vez que os preços do petróleo e dos metais subiram devido às expectativas de recuperação na China, principal país importador.

As ações do setor de matérias-primas tiveram o melhor desempenho do dia, com alta de 2,0%.

As ações de viagens também subiram quase 2% depois que a agência reguladora de saúde norte-americana concedeu aprovação total à vacina contra a Covid-19 da Pfizer Inc e BioNTech SE, um movimento que pode acelerar a imunização nos EUA.

Os investidores estão aguardando o discurso do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, no simpósio anual de Jackson Hole, na sexta-feira, em busca de pistas sobre os planos de redução gradual das compras de ativos do banco central.

Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,24%, a 7.125 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,33%, a 15.905 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,28%, a 6.664 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,07%, a 26.027 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,22%, a 8.948 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,04%, a 5.361 pontos.

 

 

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