Ibovespa hesita após três quedas seguidas com balanços no radar; Embraer sobe mais de 5%
O Ibovespa hesitava nesta sexta-feira, após três quedas seguidas, em mais um dia cheio de resultados, com Magazine Luiza entre as maiores pressões de baixa depois do balanço, enquanto Embraer avançava mais de 5% na esteira de projeções positivas para 2022.
Às 11:11, o Ibovespa caía 0,07%, a 120.617,66 pontos. Na máxima, mais cedo, chegou a 121.250,91 pontos (+0,46%). No pior momento, chegou a 120.076,62 pontos. O volume financeiro somava 5,9 bilhões de reais.
Na semana, o Ibovespa acumula declínio de quase 1,8%, em meio a contínuas preocupações com o cenário fiscal do país, bem como a trajetória da inflação e dos juros, além de ruídos políticos persistentes.
Analistas da Mirae Asset aguardam mais um dia de volatilidade para o Ibovespa, que segue atrasado em relação aos seus pares do exterior. "Acreditamos que a qualquer momento possa ocorrer um ajuste técnico, mas vai depender muito do fluxo de notícias políticas de Brasília", acrescentaram.
Em Nova York, o Dow Jones e o S&P 500 renovaram máximas históricas, após resultados acima da expectativa da Walt Disney, caminhando para a segunda semana de alta, apoiados em sinais de arrefecimento da inflação e uma forte recuperação nos balanços corporativos.
DESTAQUES
- EMBRAER ON avançava 5,3% após a fabricante de aeronaves reportar nesta sexta-feira o primeiro lucro trimestral recorrente em mais de três anos, além de ter retomado seu "guidance", à medida que se beneficia de uma recuperação parcial do setor de viagens. O presidente da companhia também disse que espera um 2022 mais forte.
- CPFL ENERGIA ON valorizava-se 4,3%, com um salto de 143,6% no lucro do segundo trimestre, para 1,126 bilhão de reais, em meio a uma retomada no consumo de eletricidade no país. No setor, ENERGISA UNIT mostrava acréscimo de 3,5%, após reverter prejuízo e registrar lucro de 749 milhões de reais no segundo trimestre.
- COGNA ON tinha elevação de 3,7%, após reduzir o prejuízo para 92,9 milhões de reais no segundo trimestre, em período ainda marcado pela queda de receitas pressionada pelo segmento de ensino superior presencial, mas com menores provisões.
- NATURA&CO ON subia 3,1%, tendo de pano de fundo lucro de cerca de 235 milhões de reais no segundo trimestre, revertendo prejuízo do ano anterior, graças às estratégias aprimoradas de e-commerce e integração com a norte-americana Avon. O presidente-executivo disse que a Natura está no caminho certo para cumprir suas metas para 2023.
- AMERICANAS ON perdia 6,3% apesar do lucro de 225 milhões de reais no segundo trimestre, revertendo prejuízo proforma um ano antes, no primeiro resultado após a combinação dos ativos da antiga B2W com os da Lojas Americanas. Também estimou sinergias da combinação de negócios com a B2W de 1,6 bilhão de reais até 2024.
- MAGAZINE LUIZA ON cedia 3,9%, mesmo após divulgar outro forte conjunto de resultados no segundo trimestre na visão de analistas, mas com desaceleração do crescimento do e-commerce em relação aos trimestres anteriores, embora ainda mostrando aumento da participação de mercado.
- RUMO ON caía 2,3%, apesar de a concessionária de logística divulgar aumento de receitas no segundo trimestre, favorecida pelo aumento de volumes transportados e das tarifas cobradas de clientes, uma vez que efeitos ligados à renovação da Malha Paulista pesaram no lucro.
- SABESP ON recuava 2%, com a receita no segundo trimestre praticamente estável, enquanto o lucro da companhia de saneamento básico do Estado de São Paulo mais do que dobrou, para 773,1 milhões de reais, refletindo sobretudo efeito da valorização do real contra o dólar.
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