Lucro líquido da Copel cai 37% no 2º tri para R$1 bi
SÃO PAULO (Reuters) - A elétrica paranaense Copel registrou lucro líquido de 1 bilhão de reais no segundo trimestre, queda de 37% na comparação anual, principalmente pelos efeitos da decisão judicial que excluiu o ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins no mesmo período do ano passado.
O resultado líquido divulgado na noite de quarta-feira inclui efeitos de operações descontinuadas, como a Copel Telecom. Sem ele, teria caído mais, para 957 milhões de reais.
No período, a Copel registrou a conclusão do desinvestimento da Copel Telecom, no valor de 2,5 bilhões de reais, que já foi transferido para a companhia, mas que será reconhecido contabilmente no terceiro trimestre, no montante de 1,2 bilhão de reais.
O indicador de geração de caixa Ebitda ajustado (excluídos os itens não recorrentes) atingiu 1,43 bilhão de reais no segundo trimestre, montante 47,1% superior ao visto no mesmo período do ano passado, principalmente pela comercialização de 507 GWh de energia produzida pela UTE Araucária.
Incluindo todos os fatores, o Ebitda caiu 12,1%, para 1,5 bilhão de reais.
A Copel ainda viu aumento da receita de disponibilidade da rede elétrica (TUSD/TUST), com o crescimento de 12,2% do mercado fio da distribuidora e do aumento na remuneração sobre ativos de transmissão decorrente da maior inflação e da revisão tarifária periódica aplicada aos contratos de transmissão.
"Esses eventos foram parcialmente compensados pelo aumento no custo com energia elétrica comprada para revenda em função da piora no cenário hidrológico no mês de junho e do aumento do PLD (sul) médio no 2T21 (233,36 reais ante 75,47 reais no 2T20)", disse a empresa.
A Copel afirmou ainda que o valor da venda da Copel Telecom reforçará o caixa da companhia e será destinado, entre outros, a investimentos sustentáveis nos negócios de energia.
Em comunicado separado na quarta-feira, a Copel e a Casa dos Ventos anunciaram a assinatura de dois contratos de compra e venda de energia (PPA) com a Copel Mercado Livre, comercializadora do grupo, que somam 137 MWm de energia renovável.
O fornecimento de parte desse montante, 87 MWm, terá início em 2023 e será assegurado pelo Complexo Eólico Rio do Vento, um dos maiores parques eólicos do mundo, em fase de construção pela Casa dos Ventos, no Rio Grande do Norte.
(Por Roberto Samora)
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