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Governo eleva em R$43 bi projeção de receitas no ano e confirma espaço para desbloquear Orçamento
BRASÍLIA (Reuters) -O governo elevou sua projeção de receitas primárias líquidas para 2021 em 43,1 bilhões de reais, para 1,476 trilhão de reais, e confirmou ver espaço para liberar o total de 4,5 bilhões de reais do Orçamento do ano que ainda seguia contingenciado após bloqueio promovido pelo presidente Jair Bolsonaro na sanção da lei orçamentária.
O Relatório de Receitas e Despesas do terceiro bimestre do Ministério da Economia, divulgado nesta quinta-feira, apontou também a possibilidade de as despesas discricionárias do Executivo serem ampliadas em 2,8 bilhões de reais.
A estimativa oficial para o déficit primário do governo central em 2021 foi reduzida para 155,4 bilhões de reais, o equivalente a 1,8% do PIB, mostrou o documento. O relatório anterior, de maio, previa um déficit primário de 187,7 bilhões de reais (2,2% do PIB).
A reestimativa foi resultado principalmente da melhora da projeção para as receitas, após a arrecadação federal ter atingido um valor recorde no primeiro semestre.
Já as despesas primárias foram elevadas em 10,8 bilhões de reais sobre a estimativa divulgada em maio, para 1,632 trilhão de reais.
O montante de créditos extraordinários foi elevado em 25,4 bilhões de reais sobre maio, para 124,9 bilhões de reais, refletindo principalmente o impacto da prorrogação do auxílio emergencial.
A nova programação de receitas e despesas do governo leva em conta uma projeção de alta do PIB de 5,3% e de uma inflação de 5,9% para este ano, dado atualizado pela Secretaria de Política Econômica na semana passada, frente a um crescimento de 3,5% e inflação de 5,05% considerados antes.
(Por Isabel Versiani; edição de Camila Moreira)
Preços de petróleo sobem com sinais de aperto na oferta
Por Ron Bousso
LONDRES (Reuters) - Os preços do petróleo subiram nesta quinta-feira, estendendo os fortes ganhos obtidos nas sessões anteriores em meio a expectativas de oferta mais restrita até o final do ano, à medida que as economias se recuperam da crise do coronavírus.
O Brent subia 20 centavos de dólar, ou 0,3%, para 72,43 dólares por barril às 10:35 (horário de Brasília), após alta de 4,2% na sessão anterior. O petróleo bruto dos EUA West Texas Intermediate (WTI) avançava 23 centavos de dólar, ou 0,33%, para 70,53 dólares por barril, após alta de 4,6% na quarta-feira.
"Alguns pontos fracos surgiram na recuperação da demanda por petróleo, mas é improvável que isso mude a perspectiva fundamentalmente", disse o Morgan Stanley em nota.
Membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e outros produtores, incluindo a Rússia, um grupo conhecido como Opep+, concordaram esta semana em um acordo para aumentar a oferta de petróleo em 400.000 barris por dia de agosto a dezembro para resfriar os preços e atender à demanda crescente.
Mas a demanda ainda deve superar a oferta no segundo semestre, levando os preços do Brent a serem negociados em movimento de alta próximo de 70 dólares por barril até o final de 2021, disse o Morgan Stanley.
"No final das contas, a recuperação do PIB (Produto Interno Bruto) global provavelmente permanecerá no caminho certo, os dados de estoque continuam encorajadores, nossos saldos mostram aperto no segundo semestre e esperamos que a Opep permaneça coesa", disse.
Os estoques de petróleo bruto nos Estados Unidos, o maior consumidor mundial de petróleo, aumentaram inesperadamente em 2,1 milhões de barris na semana passada para 439,7 milhões de barris, alta pela primeira vez desde maio, mostraram dados da Administração de Informações de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês).
Os analistas do Barclays também esperavam uma redução mais rápida do que o verificado nos estoques globais de petróleo para níveis pré-pandêmicos, levando o banco a aumentar sua previsão do preço do petróleo para 2021 em 3-5 dólares, para uma média de 69 dólares o barril.
(Reportagem adicional de Jessica Jaganathan)
Ibovespa mostra fraqueza após duas altas com hesitação em Wall St
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa mostrava fraqueza nesta quinta-feira, com Wall Street mostrando certa hesitação, após duas sessões recuperação, enquanto agentes financeiros continuam contrabalançando números positivos da temporada de balanços e receios com os potenciais efeitos da variante Delta da Covid.
Às 11:33, o Ibovespa caía 0,2%, a 125.681,58 pontos. O volume financeiro somava 5,5 bilhões de reais.
Após começar a semana com forte queda, o Ibovespa subiu nos últimos dois pregões, acumulando no período alta de 1,2%, chegando a superar os 126 mil pontos na véspera. Na semana, acumula uma variação negativa de 0,2%.
Em Nova York, o S&P 500 rondava a estabilidade, após dados mostrando alta inesperada nos pedidos semanais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, embora o fluxo de balanços corporativos continue oferecendo algum suporte aos mercados. O Nasdaq Composite subia 0,3%.
Também no radar externo continua o foco sobre o noticiário referente à variante Delta e seus potenciais reflexos na retomada das economias.
No Brasil, a temporada de balanços deve ganhar ritmo apenas na próxima semana, mas nesta sexta-feira a Hypera abre o calendário do Ibovespa, com resultado após o fechamento.
O noticiário político brasileiro também é monitorado, após reportagem de O Estado de S. Paulo afirmando que o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, ameaçou o presidente da Câmara, Arthur Lira, com a não realização de eleições em 2022 caso a Casa não aprove o voto impresso. Ambos negaram a reportagem, mas o jornal manteve a publicação.
"Ainda temos um longo caminho até as eleições. Será um período tortuoso e turbulento. Eventos como esse devem entrar no radar dos investidores", afirmou Dan Kawa, diretor de investimentos da TAG Investimentos.
DESTAQUES
- VALE ON caía 1,2%, após acumular alta de 2% nos dois pregões anteriores, tendo de pano de fundo que os futuros do minério de ferro negociados na China chegaram a atingir os menores níveis em quase três semanas.
- ITAÚ UNIBANCO PN perdia 0,9% e BRADESCO PN recuava 1%, em sessão de ajustes, com o setor como um todo no vermelho, com destaque para BANCO INTER UNIT, que cedia 2%.
- PETROBRAS PN mostrava declínio de 0,2%, mesmo com os preços do petróleo no exterior em alta. A companhia firmou termo de compromisso para pagamento de dívida de 1,3 bilhão de reais à Petros.
- IRB BRASIL ON recuava 2%, após disparar 8,5% na véspera, em meio ao resultado de maio e notícias sobre a aquisição dos papéis por um relevante investidor.
- LOCAWEB ON valorizava-se 3,8%, buscando reverter as perdas no mês. No setor de tecnologia, TOTVS ON avançava 1,9%, também entre as maiores altas do Ibovespa nesta sessão.
- HAPVIDA ON subia 2% e NOTRE DAME INTERMÉDICA ON valorizava-se 1,9%, ensaiando melhora após fraqueza em sessões recentes. No mês, esses papéis acumulam perdas de 4,1% e 3,3%, respectivamente.
- MULTILASER ON disparava 12,9% em estreia na B3 após precificar seu IPO a 11,10 por ação, perto do piso da faixa estimada pelos coordenadores, de 10,80 a 13,00 reais por papel. A operação movimentou 2,2 bilhões de reais.
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(Edição Alberto Alerigi Jr.)
Bolsonaro confirma reforma ministerial e Ciro Nogueira na Casa Civil
Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta quinta-feira que o senador Ciro Nogueira (PP-PI) aceitou seu convite e deverá assumir a Casa Civil de seu governo.
Em entrevista á radio Banda B, do Paraná, o presidente confirmou que as mudanças ministeriais acontecerão na próxima semana e incluem, além da nomeação de Ciro Nogueira para a Casa Civil, a mudança de Luiz Eduardo Ramos para a Secretaria-Geral da Presidência.
O atual ministro da pasta, Onyx Lorenzoni, será deslocado para um novo ministério do Emprego e Previdência, a ser criado a partir do desmembramento do Ministério da Economia.
De acordo com Bolsonaro, a criação do novo ministério não terá impacto econômico porque não serão criados novos cargos. Ele disse ainda que o ministro da Economia, Paulo Guedes, concordou com o desmembramento.
Dólar oscila entre altas e quedas em meio a noticiário em Brasília e no exterior
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar mantinha o vaivém dos últimos dias e já trocou de sinal várias vezes na manhã desta quinta-feira, com investidores debruçados sobre a agenda externa e o noticiário político doméstico, com dança das cadeiras em ministérios centrais do governo.
O mercado tem mostrado bastante volatilidade recentemente, em meio a relatos de pouco fluxo cambial, que tem deixado os negócios mais suscetíveis a oscilações mais dilatadas.
Às 9h49, o dólar à vista tinha variação negativa de 0,09%, a 5,1873 reais, depois de ir de 5,2007 reais (+0,15%) a 5,168 reais (-0,48%).
No mercado futuro, o dólar de primeiro vencimento cedia 0,13%, a 5,1880 reais.
Segundo o BTG Pactual, a tendência de longo prazo para o contrato míni de dólar ainda é de baixa, mas o ativo tem apresentado correção no curto prazo. Segundo analistas do banco, ainda embalada pela queda da véspera, esta sessão poderá ser marcada por teste da retração dos 5.161,5 reais e 5.123,5 reais, em caso de continuidade das baixas. O contrato de dólar futuro na B3 é negociado em reais por mil dólares.
Na outra ponta, os níveis de resistência estariam em 5.301,5 reais e 5.327,0 reais.
Com as altas recentes, o dólar voltou a operar acima da média móvel de 50 dias, mas seguia abaixo das medidas para 100 e 200 dias --estas considerados indicadores de tendência de longo prazo.
No exterior, a moeda tinha variação negativa de 0,02% frente a uma cesta de rivais. Os mercados acompanhavam declarações da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, depois de a instituição prometer nesta quinta-feira manter as taxas de juros em mínimas recordes por ainda mais tempo.
Nos EUA, dados de pedidos de auxílio-desemprego mostraram alta inesperada nas solicitações, num momento em que investidores começavam a questionar a força da retomada econômica norte-americana em meio à disseminação da variante Delta do coronavírus, que deixou os mercados em alerta nos últimos dias.
Na cena doméstica, operadores acompanhavam o aquecido noticiário político, desta vez centrado na entrada de vez do centrão no Palácio do Planalto, com o convite, já aceito, para o senador Ciro Nogueira (PP-PI) assumir a Casa Civil, enquanto o presidente Jair Bolsonaro vive seu momento mais difícil no governo.
(Por José de Castro)
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