Soja sobe novamente na Bolsa, com clima ruim nas lavouras americanas. É hora de montar no cavalinho!

Publicado em 14/07/2021 16:04 e atualizado em 14/07/2021 16:48
Tempo & Dinheiro - com João Batista Olivi

Agenda de Bolsonaro está suspensa por ao menos 48 horas, diz ministro das Comunicações

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Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou nesta quarta-feira que a agenda de compromissos oficiais do presidente Jair Bolsonaro foi suspensa inicialmente por 48 horas após a hospitalização do presidente, que será transferido do Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, para São Paulo, a fim de realizar exames complementares para avaliar a necessidade de uma nova cirurgia.

"De início foi suspensa por 48 horas e a gente vai aguardar o que o médico, doutor Macedo, vai falar após a realização dos exames lá em São Paulo. Acredito que até amanhã a gente tenha essa resposta", disse Faria, ao citar o médico Antonio Luiz Macedo, responsável por procedimentos cirúrgicos anteriores do presidente.

Segundo Faria, Bolsonaro está bem, após ter sido sedada pela manhã para descansar depois de ter dado entrada no HFA de madrugada com fortes dores abdominais. O ministro não soube informar para qual hospital Bolsonaro será levado em São Paulo, mas disse que a transferência será nesta tarde.

"O presidente está bem, ele foi sedado pela manhã para descansar, acordou e conversou com o médico e o médico vai levá-lo para São Paulo", relatou.

Valorização recente do dólar ante real é "desvio temporário", diz estrategista do BNP Paribas

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Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - A alta recente do dólar ante mínimas em um ano abaixo de 5 reais atingidas no mês passado é apenas um "desvio temporário" e não compromete uma tendência mais ampla de desvalorização, disse à Reuters o estrategista de juros e moedas para a América Latina do BNP Paribas André Digiacomo.

Em 24 de junho deste ano, a moeda norte-americana fechou o pregão cotada a 4,9062 reais, seu menor patamar em pouco mais de um ano. No entanto, o dólar não encerra uma sessão abaixo da marca psicológica de 5 reais desde o dia 29 do mês passado, e terminou a última semana acima dos 5,25 reais, alta de mais de 7% em relação à minima do dia 24.

"Voltamos a ver números consistentemente mais altos do dólar nas últimas semanas em meio a medidas de inflação cada vez mais elevadas nos Estados Unidos e a problemas idiossincráticos no Brasil, com momentos de turbulência política", explicou Digiacomo. "Isso afastou o investidor estrangeiro e gerou muita volatilidade para nossa moeda."

Ainda assim, disse ele, esse não é, necessariamente, o início de uma tendência persistente de alta. "Acreditamos que esse foi só um desvio temporário, com mais volatilidade e distúrbios políticos, e agora estamos voltando ao caminho natural das coisas, que é a gente ver um real mais forte", afirmou.

Segundo Digiacomo, o aumento da taxa Selic pelo Banco Central tem ajudado muito o desempenho do real, levando os juros para níveis em que a moeda brasileira fica mais competitiva em termos de carrego.

Custos mais altos dos empréstimos no Brasil tornam o real mais atrativo para estratégias de "carry trade", que consistem na tomada de empréstimos em moeda de país de juro baixo e compra de contratos futuros de uma divisa de juro maior, como a divisa brasileira. O investidor, assim, ganha com a diferença de taxas.

Embora as eleições presidenciais de 2022 devam trazer um "cenário mais desafiador para o real", elas não devem afetar a tendência de prazo mais longo de fortalecimento da moeda doméstica, afirmou Digiacomo.

O BNP Paribas projeta que o dólar encerrará o ano de 2021 em 4,75 reais.

Nesta quarta-feira, o dólar era negociado em torno dos 5,08 reais na venda.

Músicos cubanos levantam a voz a favor de manifestantes

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Por Sarah Marsh

HAVANA (Reuters) - Músicos cubanos, do grupo de salsa Los Van Van ao pianista de jazz Chucho Valdés e à estrela pop Leoni Torres, deram um raro sinal de apoio a manifestantes e criticaram a maneira como as autoridades comunistas trataram a maior manifestação popular nas ruas em décadas.

Milhares de cubanos se reuniram para raros protestos nacionais no domingo, contra escassez de produtos no país, Covid-19 e por direitos políticos. O governo culpou "contra-revolucionários" financiados pelos EUA que tentam explorar a crise econômica causada por sanções norte-americanas.

Historicamente, músicos em Cuba se afastam de temas políticos para não correrem o risco de serem repreendidos no país, se forem considerados críticos ao governo, ou de se tornarem alvo de ódio no exterior entre exilados cubanos, se parecerem apoiadores.

Mas a explosão social de domingo, incluindo vídeos nas redes sociais de conflitos violentos entre manifestantes e forças de segurança, mudou esse cenário.

"Apoiamos os milhares de cubanos reivindicando seus direitos, eles precisam ser ouvidos", afirmaram os vencedores do Grammy, Los Van Van, há décadas o grupo musical mais popular de Cuba, pelo Facebook.

"Dizemos não à violência, não aos conflitos, e pedimos calma nas nossas ruas."

Uma pessoa morreu em um protesto no qual, segundo um morador, forças de segurança usaram armas de fogo contra manifestantes que as atacavam com pedras e outros objetos.

"Que dor, que tristeza ver o abuso de poder das forças de ordem cubanas, ver como atacam pessoas comuns e pacíficas", afirmou a banda de salsa Elito Revé y su Charangón, no Facebook.

O presidente Miguel Díaz-Canel pediu que apoiadores do governo revidassem, e ativistas dizem que "brigadas de reação rápidas" - grupos civis organizados pelo Estado - estão reprimindo a dissidência.

"Não tem como deitar na cama e dormir tranquilamente sabendo a situação que estamos vivendo", escreveu o músico urbano Yomil, cujo nome verdadeiro é Roberto Hidalgo, no Twitter. No domingo, ele transmitiu ao vivo sua breve detenção pela polícia no momento em que saía para protestar.

GUERRA CULTURAL

Autoridades cubanas afirmam que forças de segurança também foram feridas nos protestos e denunciaram "vandalismo".

"Eles (o governo) têm as mãos sujas de sangue", disse a estrela pop Leoni Torres, em uma transmissão ao vivo pelo Facebook.

Em um país orgulhoso da sua cena cultural, artistas sempre foram vistos de perto em busca de sinais de sentimento político. Muitos permanecem leais ao governo.

O cantor folk Silvio Rodríguez, considerado a voz da revolução cubana, afirmou em seu blog que o país tem que defender suas conquistas, entre demonstrações "fomentadas pelo regime imperialista", mas também meditar sobre a situação.

Em cima disso, alguns músicos cubanos de Miami, como a dupla de reggaeton Gente de Zona, lançaram um hino contra o governo chamado "Pátria e Vida" que viralizou na internet.

Protestos em Cuba - Fonte: Reuters
Protestos em Cuba - Fonte: Reuters

Homem morre em protesto contra o governo em Cuba, diz mídia estatal

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HAVANA (Reuters) - Um homem morreu e vários cidadãos e autoridades de segurança ficaram feridos durante protesto nos arredores de Havana na segunda-feira, informou a agência estatal de notícias cubana nesta terça-feira.

É a primeira confirmação oficial de morte durante a agitação em Cuba que começou no domingo com protestos em todo o país em meio à profunda crise econômica e ao aumento de casos de Covid-19.

A Agência Cubana de Notícias disse que "grupos organizados de elementos antissociais e criminosos" tentaram chegar à delegacia do subúrbio de La Guinera com o objetivo de atacar seus funcionários e danificar a infraestrutura.

(Reportagem de Sarah Marsh)

Protestos em Cuba - Fonte: Reuters
Protestos em Cuba - Fonte: Reuters
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