Milho tem altas de até 4% no interior do BR com oferta ajustada e pouco interesse de venda

Publicado em 13/07/2021 17:51

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Os preços do milho fecharam o pregão desta terça-feira (13) em queda na B3, o mercado futuro brasileiro. Os contratos mais negociados encerraram o dia perdendo entre 0,22% e 1,22%, levando o setembro a R$ 95,55 e o janeiro/22 a R$ 97,10 por saca, com o mercado realizando lucros depois das boas altas registradas na sessão anterior. 

Já no interior, as cotações encontraram espaço para mais altas, com as principais praças de comercialização registrando ganhos de mais de 1% até 4,44%, como foi o caso de Dourados, no Mato Grosso do Su, onde o preço foi a R$ 94,00 por saca. Os ganhos foram generalizados e encontram suporte não só no cenário apertado de oferta, mas também na leve alta registrada pelo dólar frente ao real. 

Os indicativos dos portos seguiram estáveis e ainda mostram R$ 80,00 para o grão disponível em Paranaguá e R$ 100,00 em Santos, na referência setembro/21. 

A colheita da safrinha, como relata o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, segue lenta e os negócios acontecendo apenas pontualmente. "O produtor continua segurando as ofertas e grande parte do milho será colhido em agosto. Há muito querendo comprar e poucos querendo vender", explica. 

E este movimento também ajuda ao suporte para as cotações no interior do Brasil. "Há atraso na safra e nada de negócios", diz. "Teremos um mercado muito apertado de oferta para atender a demanda interna que deve ser recorde, em função do setor de rações, que deve crescer forte", completa. 

BOLSA DE CHICAGO

Na Bolsa de Chicago, os preços do milho também subiram e terminaram o pregão com altas de 6 a 8,25 pontos nos principais vencimentos e boa parte destas altas vieram em função da preocupação com o clima nos EUA. 

Segundo o último boletim diário do Commodity Weather Group (CWG), para julho o stress causado pelas poucas chuvas e pelas altas temperaturas deverá alcançar cerca de 15% das áreas de soja e milho do Meio-Oeste americano. Os estados mais afetados pelas adversidades continuam sendo os do extremo norte e mais a oeste dos EUA, como as Dakotas, Minnesota, Nebraska, Iowa e Wisconsin. 

Os mapas do CWG mostram que nos próximos cinco dias - de 13 a 17 de julho - há algumas chuvas pontuais para estes estados. No entanto, para os dois períodos sequentes - de 6 a 10 e 11 a 15 dias - as chuvas deverão ficar abaixo da média em quase todo o cinturão, como mostram as imagens abaixo. 

Chuvas EUA CWG
Chuvas EUA CWG

A polinização do milho está em andamento nos EUA e pelas redes sociais os produtores norte-americanos já começam a relatar o desenvolvimento de suas safras e as preocupações que começam a aparecer. 

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2 comentários

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    A propósito, é um mistério para mim que a dona Conab nunca erre suas estimativas para baixo, só para cima... do lombo do produtor, e tem muita gente que ainda idolatra a insignificante Teresa Cristina.

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    • Gilberto Rossetto Brianorte - MT

      Sr. Rodrigo, procure separar Conab e a ministra da agricultura. São duas coisas diferente. Minha opinião sobre a Conab fecha com a tua. No entanto, eu particularmente acho que a Teresa Cristina faz um trabalho razoável e é uma pessoa equilibrada e merece meu créditos. Por ela, talvez, já teria extinguido a Conab ou demitido a maioria dos servidores que lá trabalham. Mas quem consegue demitir um "servidor" público? Se fosse fácil assim, porque o presidente não faz uma limpeza geral no Governo Federal, nas Universidades? Então ao meu ver, Teresa Cristina faz o possível, por isso dei um deslink na tua opinião.

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    • Rodrigo Polo Pires

      Sr. Gilberto, quem nomeia o presidente dessa estrovenga é sempre o ministro ou ministra da agricultura. Ela tem culpa no cartório, sim.

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    É a coisa mais lindinha do mundo ver os agentes da dona Conab gravando lives, são tão bonitinhos. Mas não sabem fazer contas, os coitados..., e garanto a voces que sinto ódio quando lembro que eu ajudo a pagar os salarios e mordomias desses vagabundos. De uma projeção inicial de 80 mi de ton, a dona Conab reduziu para 66 mi ton. Ora, colocando uma quebra de apenas 30% essa safrinha já cai para 56 mi de ton, mas aí não dá...o celeiro do mundo terá que importar milho. Dizem os mentirosos que alimentamos o mundo, quando não conseguimos alimentar nem nossa própria população. Enquanto isso dois vagabundos, um do amazonas e outro do amapá, dois estelionatários, acabam com o país e ninguém pode fazer nada. As nulidades continuam lá com o beneplácito de outras nulidades que compõem o STF. Enquanto isso, nós, os alimentadores do mundo não conseguimos nem colocar um cabresto nos imprestáveis da Conab.

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    • Alfeu Celso Campiolo Londrina - PR

      Rodrigo, como vc está no litoral de SC, talvez não tenha uma visão geral do Brasilzão, as realidades são diferençiadas. MT, GO, TO, MA tem boa produção/produtividade. O frio pegou mais o Sul, MS (sul) e Sul de SP.

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    • CESAR AUGUSTO SCHMITT Maringá - PR

      Produtividade boa no Matopiba???..... duvido.....de.....o....dó.

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    • Rogério Martins Jataí - GO

      Região Sudoeste de Goiás geou e afetou muito as lavouras de milho mas "do tarde", que não são poucas, e a seca castigou as "do cedo". Portanto, as produtividades serão abaixo da média

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