Pior momento para as lavouras americanas está começando, alerta analista. Clima começa a definir produtividade no campo

Publicado em 09/07/2021 16:57 e atualizado em 09/07/2021 18:28
Aaron Edwards - Consultor de Mercado da Roach Ag Marketing
Para o milho, as atenções se voltam para os próximos 15 dias... soja também já tem 30% das lavouras em floração

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Entrevista com Aaron Edwards - Consultor de Mercado da Roach Ag Marketing sobre o Fechamento de Mercado da Soja

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Os preços da soja terminaram a sessão desta sexta-feira (9) em alta na Bolsa de Chicago, depois de uma semana de intensa volatilidade, com o mercado testando os dois lados da tabela durante todos os últimos dias. "Foi uma queda de braço, mercado não sabia se queria estar comprado ou vendido antes do relatório de segunda-feira. Se olharmos um gráfico, o principal movimento foi de lado", explicou o consultor de mercado Aaron Edwards, da Roach Ag Marketing. 

Ao lado desse posicionamento antes do novo reporte do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o mercado também sentiu a pressão climática. Eram esperadas algumas boas chuvas para pontos do Corn Belt, as quais se confirmaram e pesaram sobre os preços. 

Ainda como explica Edwards, boa parte da soja norte-americana já está na fase de floração, o que exige condições adequadas de clima para começar a garantir sua produtividade. Mas, mais dessas precipitações precisam se confirmar em regiões que seguem com a seca - a Oeste -, bem como se mostrarem mais limitadas onde já há excesso de umidade. 

"É bastante crítica essa fase e as lavouras não estão garantidas, principalmente no oeste do cinturão", diz. 

EXPECTATIVAS PARA O RELATÓRIO DO USDA

O mercado não espera grandes mudanças vindas no novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA no início da próxima semana, mas o foco está sobre a produtividade. Os estoques americanos já são muito apertados e uma perda, mesmo que pouco expressiva, poderia baixar de forma crítica os estoques dos EUA.

"Os números (das expectativas) são plausíveis com o que nós sabemos hoje. Mas, o maior risco ainda está pela frente. O relatório, para não assustar o mercado, deve ter uma redução pequena como as expectativas. E se o mercado vai acreditar ou não vai depender das chuvas no final de semana, das previsões de segunda", complementa o consultor. 

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Por:
Aleksander Horta e Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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