Café: Mantendo foco na oferta do Vietnã, conilon finaliza com ganhos acima de US$ 20 por tonelada
O mercado futuro do café arábica encerrou as cotações desta quinta-feira (24) com variações técnicas para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Setembro/21 teve queda de 50 pontos, valendo 153,40 cents/lbp, dezembro/21 registrou baixa de 50 pontos, negociado por 156,25 cents/lbp, março/22 teve desvalorização de 50 pontos, negociado por 158,85 cents/lbp e maio/22 encerrou com baixa de 55 pontos, valendo 160,15 cents/lbp.
"O café arábica tem apoio da força do real brasileiro, que se recuperou para uma nova alta de 1 ano em relação ao dólar na quinta-feira", destacou a análise do site internacional Barchaert. Apesar do dia com poucas variações para o preço, aqui no Brasil o setor cafeeiro segue preocupado com a baixa na produção.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, Nathan Herszkowicz - Vice-Presidente da Sindicafé-SP, afirmou que a indústria de torrefadora ainda encontra problemas para comprar matéria prima e as condições do tempo no parque cafeeiro segue fora do ideal para garantir o bom desenvolvimento do café no Brasil. Conilon tem sido uma opção para driblar impactos da crise hídrica no café, mas ainda assim produção não supre as necessidades do arábica
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Já na Bolsa de Londres o café tipo conilon teve um dia de valorização acima de US$ 20 por tonelada. Setembro/21 registrou alta de US$ 27 por tonelada, valendo US$ 1650, novembro/21 teve alta de US$ 25 por tonelada, negociado por US$ 1669, janeiro/22 teve alta de US$ 22 por tonelada, negociado por US$ 1680 e março/22 teve valorização de US$ 21 por tonelada, valendo US$ 1688.
De acordo com a análise internacional, os preços do conilon seguem firmes a medida que as preocupações com a oferta do Vietnã- maior produtor de conilon do mundo, aumentam. "A preocupação com a redução da oferta de café robusta do Vietnã, o maior produtor mundial de café robusta, gerou a compra de fundos para o conilon", afirma.
É importante lembrar ainda que desde semana passada o mercado acompanha a falta de contêineres na Ásia, que limitou as exportações de conilon do Vietnã depois que o Escritório Geral de Estatísticas do Vietnã informou na quinta-feira que as exportações de café do Vietnã de janeiro a maio caíram -12%.
No Brasil, o mercado físico teve um dia de estabilidade nas principais praças do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 0,61% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 815,00, Araguarí/MG teve queda de 1,20%, valendo R$ 820,00 e Franca/SP teve baixa de 1,20%, valendo R$ 820,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 832,00, Patrocínio/MG manteve por R$ 805,00 e Varginha/MG manteve por R$ 855,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 0,59% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 845,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 885,00, Patrocínio/MG manteve por R$ 830,00, Varginha/MG manteve por R$ 895,00 e Campos Gerais/MG manteve por R$ 899,00.
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